Consumidor paga mais caro pela gasolina no Interior, onde há pequenas diferenças de preços entre os postos
Fortaleza. A gasolina comum no Interior está cerca de 7% mais cara que o mesmo combustível na Capital. Em Fortaleza, o preço médio chega a R$ 2,67. Em algumas cidades do Interior, atinge R$ 2,87. O preço do combustível em Limoeiro é considerado um dos mais elevados do Estado do Ceará. O monopólio comercial - até quatro postos chegam a ter um mesmo dono - é visto como a maior causa dos valores inflacionados. Em um posto no Centro da cidade o litro da gasolina comum é vendido a R$ 2,84, o diesel a R$ 2,10 e o álcool a R$ 2,07. Noutro posto de combustíveis, na saída da cidade, a gasolina comum está a R$ 2,87, o diesel a R$ 2,05 e o álcool a R$ 2,11.
O município é entreposto comercial, rota de caminhões que seguem para Fortaleza ou para o sul do Estado e para as áreas fruticultoras na própria região jaguaribana, mas muitos motoristas evitam abastecer na cidade por causa do preço elevado do litro do combustível.
Cariri
A gasolina vendida no Cariri apresenta uma diferença de preço de um posto para o outro de até 16 centavos no litro. A mais cara é vendida a R$ 2,84 o litro e a mais barata é 2,68. A diferença de preço entre a gasolina comum e a aditivada é mínima. No máximo, três centavos. O mesmo ocorre com o óleo diesel e o álcool. O diesel custa entre R$ 1,97 e R$ 1,99 o litro. Na compra a prazo, há um acréscimo em torno de três centavos no litro. A maioria dos postos cobra R$ 1,98 pelo litro de álcool. Porém, há postos vendendo o litro até a R$ 2,10.
Esta variação de preços, de acordo com os distribuidores, é motivada pelo custo operacional. Aqueles postos localizados na zona urbana, por exemplo, tem um custo operacional maior. "Quanto maior o pátio de atendimento, maiores as despesas com limpeza, funcionários e iluminação", justifica o proprietário de posto Palmeiral do Crato, Ricardo Biscúcia.
De acordo com o Ministério Público, que entrou com ação contra os preços praticados na região, o Cariri consome o combustível mais caro do Interior. Esta elevação de preços é atribuída ao transporte do produto que é feito de trem ou caminhão-tanque de uma distância em torno de 600 quilômetros do Porto do Pecém para o terminal da Petrobras, no Crato.
Por conta da pouca diferença nos preços dos combustíveis na região do Cariri e a grande concorrência entre os proprietários de postos, o trunfo de quem vive desse mercado está no serviço oferecido ao consumidor. Mesmo com a última alta nos preços, ano passado, o valor não chegou a ser repassado para o consumidor final. Os próprios donos de postos decidiram cobrir e isso, segundo o proprietário de posto no Crato, Fernando Lacerda, por algum tempo. Com a baixa nos combustíveis, voltou a pequena diferença.
Zona Norte
"Acho que deveria ser adotada a política de preço único para todos os postos, daí o cliente escolheria aquele que oferece a melhor qualidade no atendimento", disse Jander Mendes Loiola, gerente de um dos postos de combustível de Sobral. Ele justifica que se torna difícil concorrer com os preços da Capital, uma vez que a companhia que lhe fornece o produto, no caso a Shell Brasil, lhe fornece o R$ 2,34 o litro. Outro que também se defende com relação ao preço alto do combustível é o dono de uma das redes de posto da região com mais 30 anos no mercado, Aloísio Loiola. "Enquanto no Ceará se cobra 27% de ICMS, no estado vizinho, Piauí, se cobra apenas 17%".
Sobre a alegativa da prática de possível cartel, ele se defende. "Sobral é uma cidade pequena, se o meu concorrente vende o combustível num preço bom, também posso oferecer o mesmo produto de uma qualidade superior pelo mesmo valor".
Fonte: Blog Radio união
Fortaleza. A gasolina comum no Interior está cerca de 7% mais cara que o mesmo combustível na Capital. Em Fortaleza, o preço médio chega a R$ 2,67. Em algumas cidades do Interior, atinge R$ 2,87. O preço do combustível em Limoeiro é considerado um dos mais elevados do Estado do Ceará. O monopólio comercial - até quatro postos chegam a ter um mesmo dono - é visto como a maior causa dos valores inflacionados. Em um posto no Centro da cidade o litro da gasolina comum é vendido a R$ 2,84, o diesel a R$ 2,10 e o álcool a R$ 2,07. Noutro posto de combustíveis, na saída da cidade, a gasolina comum está a R$ 2,87, o diesel a R$ 2,05 e o álcool a R$ 2,11.
O município é entreposto comercial, rota de caminhões que seguem para Fortaleza ou para o sul do Estado e para as áreas fruticultoras na própria região jaguaribana, mas muitos motoristas evitam abastecer na cidade por causa do preço elevado do litro do combustível.
Cariri
A gasolina vendida no Cariri apresenta uma diferença de preço de um posto para o outro de até 16 centavos no litro. A mais cara é vendida a R$ 2,84 o litro e a mais barata é 2,68. A diferença de preço entre a gasolina comum e a aditivada é mínima. No máximo, três centavos. O mesmo ocorre com o óleo diesel e o álcool. O diesel custa entre R$ 1,97 e R$ 1,99 o litro. Na compra a prazo, há um acréscimo em torno de três centavos no litro. A maioria dos postos cobra R$ 1,98 pelo litro de álcool. Porém, há postos vendendo o litro até a R$ 2,10.
Esta variação de preços, de acordo com os distribuidores, é motivada pelo custo operacional. Aqueles postos localizados na zona urbana, por exemplo, tem um custo operacional maior. "Quanto maior o pátio de atendimento, maiores as despesas com limpeza, funcionários e iluminação", justifica o proprietário de posto Palmeiral do Crato, Ricardo Biscúcia.
De acordo com o Ministério Público, que entrou com ação contra os preços praticados na região, o Cariri consome o combustível mais caro do Interior. Esta elevação de preços é atribuída ao transporte do produto que é feito de trem ou caminhão-tanque de uma distância em torno de 600 quilômetros do Porto do Pecém para o terminal da Petrobras, no Crato.
Por conta da pouca diferença nos preços dos combustíveis na região do Cariri e a grande concorrência entre os proprietários de postos, o trunfo de quem vive desse mercado está no serviço oferecido ao consumidor. Mesmo com a última alta nos preços, ano passado, o valor não chegou a ser repassado para o consumidor final. Os próprios donos de postos decidiram cobrir e isso, segundo o proprietário de posto no Crato, Fernando Lacerda, por algum tempo. Com a baixa nos combustíveis, voltou a pequena diferença.
Zona Norte
"Acho que deveria ser adotada a política de preço único para todos os postos, daí o cliente escolheria aquele que oferece a melhor qualidade no atendimento", disse Jander Mendes Loiola, gerente de um dos postos de combustível de Sobral. Ele justifica que se torna difícil concorrer com os preços da Capital, uma vez que a companhia que lhe fornece o produto, no caso a Shell Brasil, lhe fornece o R$ 2,34 o litro. Outro que também se defende com relação ao preço alto do combustível é o dono de uma das redes de posto da região com mais 30 anos no mercado, Aloísio Loiola. "Enquanto no Ceará se cobra 27% de ICMS, no estado vizinho, Piauí, se cobra apenas 17%".
Sobre a alegativa da prática de possível cartel, ele se defende. "Sobral é uma cidade pequena, se o meu concorrente vende o combustível num preço bom, também posso oferecer o mesmo produto de uma qualidade superior pelo mesmo valor".
Fonte: Blog Radio união
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