Homem mais rico do Brasil descarta compra do SBT

Empresário chegou a cogitar a possibilidade, mas, via Twitter, afirmou que não há interesse na empresa de Silvio Santos
Rio - Alvo de rumores de que estudava a compra do SBT, o empresário Eike Batista deixou em aberto, em evento no Rio realizado ontem, a possibilidade de adquirir a rede de televisão de Silvio Santos.

Mais tarde, no Twitter, disse que suas empresas não tinham interesse no SBT, contrariando a declaração anterior.

Ao participar de homenagem do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Rio, Eike foi questionado se seria interessante ter um canal de televisão, visto que o Grupo EBX anunciou na quarta-feira uma joint venture com a multinacional de mídia, esportes e entretenimento IMG, Eike economizou na resposta: "Claro. Interessa, sim".

Apesar de parecer animado, o empresário foi vago. "Estamos olhando tudo que dá para arbitrar e fazer melhor", disse. "O Brasil tem áreas de excelência em que compete com qualquer player mundial, mas tem outro lado que é ineficiente. Em tudo o que é ineficiente enxergamos espaços grandes." As especulações surgiram na quarta-feira, embaladas pelas notícias referentes a fraudes no Banco Panamericano, pertencente ao grupo do apresentador, e ganharam vulto no serviço de microblogs Twitter.

O SBT e outras empresas do Grupo Silvio Santos foram dados como garantia em um empréstimo de R$ 2,5 bilhões tomados do Fundo Garantidor de Crédito para cobrir um rombo financeiro no banco. Essa não é a primeira vez em que é aventada a entrada de Eike no setor de comunicação. Em julho, usuários do microblog especularam sobre o interesse do empresário na compra do Jornal do Brasil. Na ocasião, ele negou os boatos.

Sobre a atuação da joint venture com a IMG, Eike citou o potencial do sócio na área de conteúdo. "Eles têm mais de 20 mil horas de conteúdo anual, que divulgam através da mídia mundial.

É uma empresa essencialmente de conteúdo", afirmou. O empresário disse também que a expectativa é de que sejam gerados negócios na construção de arenas multiuso para receber shows e eventos esportivos.

"Os americanos estão despertando para o potencial do consumo brasileiro", disse, citando que a demanda no País tende a explodir nos próximos anos. Ele não revelou o local dos possíveis investimentos, mas disse que várias regiões serão estudadas. A empresa formada com a parceria receberá o nome de IMGX, seguindo o mesmo padrão de outras empresas de Eike.

Segundo ele, outro investimento de peso que o seu grupo vai fazer é em uma fábrica brasileira de automóveis. "Queremos que ela esteja produzindo dentro de três anos." A ideia, disse, é atrair um parceiro com experiência em tecnologia
Fonte: Diário do Nordeste

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