A radiação solar, ou seja, os raios emitidos pelo sol, é a responsável pelas temperaturas existentes na superfície da terra.
O ar atmosférico não absorve toda a radiação solar; uma parte dela atinge a superfície da terra, onde é absorvida pelos oceanos e continentes; a outra parte é refletida e retorna para a atmosfera.
A parte da radiação solar que é absorvida pelos oceanos e continentes é a responsável por aquecer a superfície terrestre.
A camada gasosa da superfície terrestre não é aquecida diretamente pelos raios solares que a atravessam; é o próprio calor da superfície que a aquece. Na realidade, a atmosfera atua como uma capa de proteção térmica que conserva o calor do sol, diminuindo as variações de temperatura do dia e da noite.
Chamamos de efeito estufa à capacidade da atmosfera de reter raios solares no planeta, o que explica, entre outras coisas, por que nossas noites não são extremamente mais frias que os dias, tal como ocorre na Lua, onde não há atmosfera.
O efeito estufa é a reprodução, em escala planetária, do fenômeno de aquecimento que ocorre quando se deixa um carro fechado sob o Sol.
A luz atravessa os vidros fechados, aquece o interior do veículo e o calor não consegue escapar, porque os vidros retêm os raios infravermelhos. Disso resulta uma enorme elevação da temperatura.
Como se pode ver, o efeito estufa é benéfico para os seres vivos, pois regula a temperatura do planeta.
Entretanto, se o efeito estufa se ampliar, poderá elevar a temperatura do planeta e trazer muitos prejuizos aos seres vivos.
E é o que está acontecendo. O efeito estufa está se ampliando devido ao aumento da poluição atmosférica.
Na atmosfera da Terra, o dióxido de carbono e o metano desempenham o mesmo papel do vidro no automóvel: eles não deixam passar parte do calor do Sol que o planeta tenta devolver ao espaço durante a noite, na forma de luz infravermelha. Uma parte do calor retido volta à superfície e outra permanece na atmosfera, desregulando a balança térmica planetária.
Nos últimos tempos, o desenvolvimento industrial intensificou muito a presença de gases nocivos na atmosfera.
Chaminés de fábricas, escapamentos de automóveis, desmatamentos seguidos de queimadas são os principais responsáveis pela poluição atmosférica.
Dentre os gases tóxicos que poluem a atmosfera, o mais preocupante é o Gás Carbônico ou Dióxido de Carbono (CO2). A concentração desse gás passou de 300 ppm (partes por milhão) em 1930 para 355 ppm em 1985, fato que produz consequências sérias para o clima, na medida em que acelera o efeito estufa e eleva a temperatura do planeta.
Pesquisas comprovaram que de 1880 a 1980 a temperatura média da terra subiu cerca de 0,5 ºC devido ao acúmulo de CO2 na atmosfera.
A partir de 1980 a emissão do CO2 aumentou muito e existe uma previsão de que caso a concentração de gás carbônico na atmosfera prossiga subindo no mesmo ritmo atual, é provável que nos próximos cinquenta ou sessenta anos ocorra uma elevação de temperatura média de no mínimo 1,5ºC e no máximo 4,5ºC.
As consequências desse fato serão inúmeras, mas a mais séria é o derretimento de parte do gelo existente nos polos, principalmente na Antártida.
Esse continente é recoberto por grossas camadas de gelo, suficientes para elevar em 5 ou 6 metros o nível médio do mar caso se derretam e se transformem em água no estado líquido. Isso ocasionaria a inundação de grande parte das cidades litorâneas de todo o mundo.
Bibliografia: Geografia Crítica-Vol. I – Vesentini,J. Willian e Vlach, Vânia – Ed. Ática
Fonte: Tear de Retalhos
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