A agressão ocorreu em uma escola estadual em Guaimbê, no interior de São Paulo.
"Ele veio com tudo, com uma carteira, e veio acertar a minha cabeça. Seguraram ele que tentou pegar a carteira de novo. Foi muito frustrante porque a gente fica assim com medo de dar aula. A gente tem receio de entrar em sala de aula porque falta respeito, não só pelo professor, mas pelos pais já acabaram tudo", relata a professora Sandra Bontempo.
O aluno foi encaminhado pela polícia militar ao conselho tutelar.
"Praticamente todos os dias nós somos solicitados por algum desentendimento entre aluno-professor, e às vezes, aluno-direção", relata Clóvis Barreto, policial militar.
Essa prática está retratada numa pesquisa realizada pelo sindicato dos professores da rede estadual no centro-oeste paulista, que mostra que 38% dos professores já viram algum aluno ameaçando um colega dentro da sala de aula. Ainda segundo o estudo, quase metade dos professores já foi ofendida por estudantes.
"Vivendo nesse ambiente de violência, isso acaba estressando os professores e lamentavelmente não existe apoio algum aos professores", conta Juvenal de Aguiar, diretor Apeoesp.
A psicóloga Maria José Barbosa explica que a violência escolar pode ser consequência da falta de limites impostas aos filhos pelos pais. “Forme, eduque, diga não. Porque o não não mata. Mas a falta do não mata. Esse menino poderia ter matado essa professora”, diz.
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