Terremoto japão: Brasil ganha mais do que perde diz ministro

Alexandro Martello Do G1, em Brasília

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, lamentou nesta terça-feira (15) a tragédia no Japão, país que foi fortemente atingido por um terremoto e um tsunami na semana passada, mas, ao ser questionado pelos jornalistas sobre o impacto na economia brasileira, avaliou que, em termos de trocas comerciais, o Brasil vai "ganhar mais do que perder".
"O Brasil vai acabar, apesar de não desejarmos tragédia para ninguém, até ganhando. Acho que vai ter mais encomenda do que desistência", declarou ele a jornalistas.
Na avaliação do ministro do Trabalho, a crise no Japão vai ter o efeito de aumentar exportações brasileiras de alguns produtos para o país.
Segundo a Polícia Nacional japonesa, o terremoto e o tsunami que atingiram o Japão na última sexta-feira (11) deixaram até as 12h desta terça-feira, 3.373 mortos e 6.746 desaparecidos. Segundo o balanço, há ainda 1.897 feridos. o balanço anterior falava em 2.414.
Além dos desaparecidos, desabrigados e feridos pelo terremoto e tsunami, o Japão ainda enfrenta uma crise nuclear, com explosões nos reatores do complexo de Fukushima. Dados japoneses indicam que os índices de radioatividade caíram drasticamente na usina nuclear mais danificada pelo terremoto da semana passada, disse a agência nuclear da ONU nesta terça-feira.
Segundo Lupi, pode ser que, em um primeiro momento após a tragédia, ocorram mais desistências do que encomendas do país asiático.
"Pode ser até que no começo tenha uma encomenda menor. Mesmo assim demora [para ter impacto nas exportações brasileiras]. Não é de um dia para o outro. As encomendas são feitas com muita antecedência. É o mesmo prazo que vai ter para que se recupere a economia japonesa", disse ele.
Na avaliação do ministro do Trabalho, a crise no Japão vai ter o efeito de aumentar exportações brasileiras de alguns produtos para o país.
"Vai ter setores de energia, pois quase 25% de energia é nuclear. Vai diminuir a produção industrial. Por outro lado, vai ter que reconstruir parte do país. Continuamos produzindo minério, cimento e alimentos", declarou ele.
G1

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