Operação em Campinas prende 12

Letícia Macedo Do G1 SP

A operação da Corregedoria da Polícia Civil e de promotores públicos estaduais realizada nesta sexta-feira (20) em Campinas, a 93 km da capital paulista, havia prendido 12 pessoas até o fim desta manhã – outras oito estavam foragidas -, segundo informações de Roveraldo Bataglini, titular da 2ª Corregedoria da Polícia Civil da cidade. As investigações estão relacionadas a possíveis fraudes em contratos públicos, incluindo a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa).
Cerca de 120 policiais cercaram a Prefeitura durante a manhã. Promotores cumpriram mandados de busca e apreensão no prédio. Computadores, dinheiro e documentos foram apreendidos durante a operação. Em Vinhedo, na casa de dois suspeitos, a polícia diz ter encontrado armas em situação irregular. Estão detidos funcionários e ex-funcionários da Sanasa e empresários. Empresários e integrantes da administração pública estavam sendo investigados desde setembro por causa de supostas fraudes em contratos.
Entre os considerados foragidos, estão o vice-prefeito da cidade, Demétrio Vilagra, e dois secretários municipais. O advogado de defesa de Vilagra disse em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (20), na Câmara dos Vereadores, que seu cliente não está foragido. Pedro Maciel afirmou que o vice-prefeito está há uma semana em uma viagem de férias na Europa e já está empenhado a remarcar a passagem de volta, que estava prevista para a próxima semana. Maciel falou que desconhece qualquer envolvimento do vice-prefeito com o esquema de corrupção denunciado pelo Ministério Público.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Campinas informou, às 10h20 desta sexta, que também está acompanhando as investigações e que, por enquanto, não vai se pronunciar.
Comissão
O presidente da Câmara Municipal de Campinas, Pedro Serafim (PDT), anunciou na manhã desta sexta-feira (20) a criação de uma comissão formada por três vereadores para acompanhar as investigações. Foram nomeados para a comissão os vereadores Luis Yabiku (PDT), Professor Alberto (DEM) e Artur Orsi (PSDB). Segundo Serafim, não foi possível criar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o caso porque o regimento da Câmara de Campinas prevê que somente três CPIs podem estar em funcionamento ao mesmo tempo.

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