SANEAMENTO AMBIENTAL E QUALIDADE DE VIDA Olimpio Araujo Junior Geógrafo-ambientalista; Diretor de Comunicação da Rede de Comunicação Ambiental EcoTerra Brasil oaj@ecoterrabrasil.com.br Fones: (41) 232 6700 ou (41) 9212 7266 |
Defender o meio ambiente preservado é fundamental para a manutenção da saúde humana, para isso, é preciso também defender a melhoria concreta da qualidade de vida das populações. Entre as ferramentas existentes para manutenção da saúde e da qualidade de vida, a principal é o saneamento básico ou saneamento ambiental.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, para cada dólar investido em saneamento, economiza-se cinco dólares nos dez anos seguintes em postos de saúde, médicos e hospitais. No Brasil, morrem atualmente 29 pessoas/dia por doenças decorrentes da qualidade da água e do não tratamento de esgotos e avalia-se que cerca de 70% dos leitos dos hospitais estão ocupados por pessoas que contraíram doenças transmitidas pela água. O lixo é outro grande problema, sendo responsável pela proliferação de vetores (ratos, mosquitos, baratas e outros) e pela contaminação de lençóis freáticos.
O saneamento pode ser definido como um conjunto de ações que visam controlar doenças, transmissíveis ou não, além de propiciar conforto e bem-estar. Portanto, está vinculado diretamente às condições de saúde e vida da população, caracterizando-se como um direito do cidadão.
As ações de saneamento compreendem o abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta, tratamento e disposição final de resíduos sólidos, manutenção de cursos de água de pequeno e médio porte e contenção de encostas, controle de vetores e reservatórios de doenças transmissíveis, combate aos agentes transmissores e causadores de doenças, melhoria das habitações, educação sanitária e ambiental.
As relações humanas são dominadas por estruturas extremamente injustas, onde uma minoria possui todas as riquezas, enquanto a maioria da população vive na miséria, passa fome, sem as mínimas condições de vida. Se é difícil mudar o sistema, pelo menos podemos oferecer a estas pessoas uma opção de vida mais digna, com respeito e qualidade de vida. Raramente veremos um bairro de classe média ou alta que não tenha asfalto, água, iluminação pública, esgoto, transporte público, limpeza pública e segurança, entre outras regalias. Então por que a população carente não tem os mesmos direitos.
Negar a qualidade de vida a qualquer cidadão é negar-lhe o direito de exercer sua cidadania, é colocar-lhe às margens da sociedade. Saneamento é prioridade, é questão de saúde pública e por isso deve sempre ter uma atenção toda especial do poder público.
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