MOVIMENTO DE VENDA de milho na feira do Crato. A grande oferta do produto diminui o preço, mas o mesmo ainda fica acima da média estimada pelos produtores, de R$ 20,00/saco
ANTÔNIO VICELMO
ANTÔNIO VICELMO
Fartas chuvas ocasionaram boa produção do milho e ajudou na queda do preço de R$ 48 para R$ 31,00
Crato. Os armazéns, calçadas e varandas das casas sertanejas do Cariri estão abarrotadas de milho. É o resultado da safra deste ano que começou a ser colhida no mês passado e está chegando ao mercado. A produção refletiu no preço. O saco de 60 quilos, que chegou a ser vendido a R$ 48,00 na região, baixou para R$ 31,00 dentro da roça, uma queda de 35,41%. Na feira livre do Crato, varia entre R$ 33,00 e 35,00. O valor está mais baixo do que o preço da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que está vendendo o saco a R$ 36,00.
Mesmo assim, o preço é compensatório para o produtor que plantou na perspectiva de vender a R$ 20,00/saco, diz o produtor José Pereira Oliveira, de Santana do Cariri.
Para o comprador de milho, Francisco José Sobreira, o preço não é confiável. Pode baixar ou subir a qualquer momento. Ele explica que os produtores estão antecipando a venda porque precisam de dinheiro. Sobreira adverte que é um risco comprar milho para estocar. A mesma preocupação é manifestada pelo feirante José Carlos da Silva. Já o feirante José Saturnino da Silva não tem dúvida. Ele garante que o preço vai subir, porque vai faltar milho no mercado.
Produto em alta
Apontado como o maior "quebrador" de milho de Missão Velha, o tratorista Antonio Gildo Leite aposta na alta do produto. Ele reclama da produtividade: quatro toneladas por hectare, quando o ideal, de acordo com levantamento feito por técnicos da Ematerce, seriam mais de seis toneladas por hectare. O Ceará vai produzir, este ano, 1, 230 milhão de toneladas de grãos. Somente de milho, chega a 910 mil toneladas. Nos 28 Municípios do Cariri, serão produzidas 294 mil toneladas. A informação é do gerente regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ematerce), Adonias Sobreira, acrescentando que o maior produtor do Estado é o Município de Mauriti, que vai colher cerca de 56 mil toneladas de milho, numa área de 28 hectares, o que representa 19% da produção regional. Para ele, o bom resultado da safra de 2011 se deve, além das chuvas fartas, à qualidade das sementes distribuídas.
O Programa Hora de Plantar distribuiu, em 2011, cerca de 4,2 toneladas de sementes a 144 mil agricultores. De acordo com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece), 70% da produção agrícola do Estado vem de pequenos produtores.
Do milho se aproveita tudo: dos grãos se extraem óleo, fubá, farinha, canjica, canjiquinha, flocos e amido. É a base alimentar do sertanejo. No entanto, a maior parte é destinada a ração animal, principalmente, aves. Das folhas que envolvem a espiga se fazem forragens para animais e peças de artesanato. O "cabelo de milho" é amplamente utilizado na medicina popular como diurético, e o sabugo, também usado para a confecção de placas isolantes.
MAIS INFORMAÇÕES
Escritório Regional da Ematerce na cidade do Crato
Praça Filemon Teles, S/N
Telefone: (88) 3102.1293
Antônio VicelmoRepórter
Crato. Os armazéns, calçadas e varandas das casas sertanejas do Cariri estão abarrotadas de milho. É o resultado da safra deste ano que começou a ser colhida no mês passado e está chegando ao mercado. A produção refletiu no preço. O saco de 60 quilos, que chegou a ser vendido a R$ 48,00 na região, baixou para R$ 31,00 dentro da roça, uma queda de 35,41%. Na feira livre do Crato, varia entre R$ 33,00 e 35,00. O valor está mais baixo do que o preço da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que está vendendo o saco a R$ 36,00.
Mesmo assim, o preço é compensatório para o produtor que plantou na perspectiva de vender a R$ 20,00/saco, diz o produtor José Pereira Oliveira, de Santana do Cariri.
Para o comprador de milho, Francisco José Sobreira, o preço não é confiável. Pode baixar ou subir a qualquer momento. Ele explica que os produtores estão antecipando a venda porque precisam de dinheiro. Sobreira adverte que é um risco comprar milho para estocar. A mesma preocupação é manifestada pelo feirante José Carlos da Silva. Já o feirante José Saturnino da Silva não tem dúvida. Ele garante que o preço vai subir, porque vai faltar milho no mercado.
Produto em alta
Apontado como o maior "quebrador" de milho de Missão Velha, o tratorista Antonio Gildo Leite aposta na alta do produto. Ele reclama da produtividade: quatro toneladas por hectare, quando o ideal, de acordo com levantamento feito por técnicos da Ematerce, seriam mais de seis toneladas por hectare. O Ceará vai produzir, este ano, 1, 230 milhão de toneladas de grãos. Somente de milho, chega a 910 mil toneladas. Nos 28 Municípios do Cariri, serão produzidas 294 mil toneladas. A informação é do gerente regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ematerce), Adonias Sobreira, acrescentando que o maior produtor do Estado é o Município de Mauriti, que vai colher cerca de 56 mil toneladas de milho, numa área de 28 hectares, o que representa 19% da produção regional. Para ele, o bom resultado da safra de 2011 se deve, além das chuvas fartas, à qualidade das sementes distribuídas.
O Programa Hora de Plantar distribuiu, em 2011, cerca de 4,2 toneladas de sementes a 144 mil agricultores. De acordo com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece), 70% da produção agrícola do Estado vem de pequenos produtores.
Do milho se aproveita tudo: dos grãos se extraem óleo, fubá, farinha, canjica, canjiquinha, flocos e amido. É a base alimentar do sertanejo. No entanto, a maior parte é destinada a ração animal, principalmente, aves. Das folhas que envolvem a espiga se fazem forragens para animais e peças de artesanato. O "cabelo de milho" é amplamente utilizado na medicina popular como diurético, e o sabugo, também usado para a confecção de placas isolantes.
MAIS INFORMAÇÕES
Escritório Regional da Ematerce na cidade do Crato
Praça Filemon Teles, S/N
Telefone: (88) 3102.1293
Antônio VicelmoRepórter
Fonte: Diário do Nordeste
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