Iara Lemos
Do G1, em Serra Pelada
Ponto de atração de trabalhadores de todo o país que migravam em busca de riqueza no início dos anos 1980, o garimpo de Serra Pelada, distrito do município de Curionópolis, no sul do Pará, começa a renascer.
Há mais de 30 anos, a exploração começou em um imenso buraco, aberto manualmente e interditado pelo governo federal em 1992 devido à falta de segurança. Agora, quase 20 anos após ser fechado, o garimpo se prepara para uma nova fase de exploração, prevista para se iniciar em 2012. Ao lado da cava onde muitos perderam a vida soterrados, uma nova mina, desta vez toda mecanizada, está em fase final de construção.
Em 17 e 18 de agosto, o G1 esteve em Serra Pelada e mostra em uma série de reportagens o projeto e a estrutura da nova mina, o cotidiano da localidade e a esperança dos que ainda não desistiram do sonho de encontrar ouro.
A nova estrutura faz renascer a fase de exploração na localidade, que
chegou a ser considerada a mais farta em ouro do Brasil. A expectativa
da empresa responsável pela nova exploração é de que ainda existam cerca
de 50 toneladas de minério, entre ouro, paládio e platina, prontos para
serem extraídos nos próximos dez anos.
O novo garimpo de Serra Pelada é resultado de uma parceria entre a Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) e a empresa de mineração Colossus, do Canadá.
A aliança, firmada em 2008, gerou uma terceira empresa, a Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral (SPCDM), detentora da portaria de lavra, documento concedido pelo governo federal que permite a retirada de minério do local.
A portaria inicialmente foi repassada para a cooperativa, que, depois do fechamento da mina, ganhou o termo de posse do governo federal. Mas, sem recursos para realizar pesquisas que apontassem a existência de minerais, a cooperativa firmou parceria com a Colossus.
“Existe o produto e se acredita no projeto. É natural que todos os garimpeiros sonhem, como eu sonho muito, de que tem muito ouro ainda aqui. Mas se acontecer de não ser da forma como esperamos, vamos ter de esperar. O sonho do meu irmão garimpeiro é o meu sonho. E eu sonho alto. Queremos ficar”, afirma o presidente da Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), Gessé Simão.
O empreendimento
O terreno onde a nova mina subterrânea está sendo instalada tem cem hectares. Para fins de comparação, é pouco menor que a área do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, ou equivalente a quase toda a área do Vaticano. O terreno fica ao lado da antiga cava aberta pelos garimpeiros, atualmente desativada e transformada em um grande lago.
Ao todo, a Coomigasp detém três áreas de exploração no distrito de
Serra Pelada, com um total de 1.089 hectares. Além do local que já está
sendo transformado em nova mina por meio da parceria com a Colossus, a
cooperativa ainda tem outras duas áreas, uma de 123 hectares e outra de
700, que estão sendo avaliadas pela empresa canadense.
Caso seja constatada a presença de minerais também nessas duas regiões, a cooperativa pretende firmar parceria com a Colossus, nos mesmos moldes da efetuada na nova mina de Serra Pelada.
Segundo o diretor-geral da Colossus no Brasil, Paulo de Tarso Serpa Fagundes, até 2013, a empresa canadense deve investir R$ 320 milhões, a fim de que a nova mina de Serra Pelada traga os resultados esperados.
Ponto de atração de trabalhadores de todo o país que migravam em busca de riqueza no início dos anos 1980, o garimpo de Serra Pelada, distrito do município de Curionópolis, no sul do Pará, começa a renascer.
Há mais de 30 anos, a exploração começou em um imenso buraco, aberto manualmente e interditado pelo governo federal em 1992 devido à falta de segurança. Agora, quase 20 anos após ser fechado, o garimpo se prepara para uma nova fase de exploração, prevista para se iniciar em 2012. Ao lado da cava onde muitos perderam a vida soterrados, uma nova mina, desta vez toda mecanizada, está em fase final de construção.
Em 17 e 18 de agosto, o G1 esteve em Serra Pelada e mostra em uma série de reportagens o projeto e a estrutura da nova mina, o cotidiano da localidade e a esperança dos que ainda não desistiram do sonho de encontrar ouro.
O novo garimpo de Serra Pelada é resultado de uma parceria entre a Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) e a empresa de mineração Colossus, do Canadá.
A aliança, firmada em 2008, gerou uma terceira empresa, a Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral (SPCDM), detentora da portaria de lavra, documento concedido pelo governo federal que permite a retirada de minério do local.
A portaria inicialmente foi repassada para a cooperativa, que, depois do fechamento da mina, ganhou o termo de posse do governo federal. Mas, sem recursos para realizar pesquisas que apontassem a existência de minerais, a cooperativa firmou parceria com a Colossus.
“Existe o produto e se acredita no projeto. É natural que todos os garimpeiros sonhem, como eu sonho muito, de que tem muito ouro ainda aqui. Mas se acontecer de não ser da forma como esperamos, vamos ter de esperar. O sonho do meu irmão garimpeiro é o meu sonho. E eu sonho alto. Queremos ficar”, afirma o presidente da Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), Gessé Simão.
O empreendimento
O terreno onde a nova mina subterrânea está sendo instalada tem cem hectares. Para fins de comparação, é pouco menor que a área do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, ou equivalente a quase toda a área do Vaticano. O terreno fica ao lado da antiga cava aberta pelos garimpeiros, atualmente desativada e transformada em um grande lago.
Caso seja constatada a presença de minerais também nessas duas regiões, a cooperativa pretende firmar parceria com a Colossus, nos mesmos moldes da efetuada na nova mina de Serra Pelada.
Segundo o diretor-geral da Colossus no Brasil, Paulo de Tarso Serpa Fagundes, até 2013, a empresa canadense deve investir R$ 320 milhões, a fim de que a nova mina de Serra Pelada traga os resultados esperados.
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