A policial militar encontrada morta na noite da última terça-feira (4)
na cidade gaúcha de Fontoura Xavier (193 km de Porto Alegre) morreu com
um único tiro na cabeça e seu corpo não apresentava sinais de violência.
A afirmação é da delegada Daniela de Oliveira Mineto, que tem como base
o laudo produzido no Instituto Geral de Perícias, em Porto Alegre.
Com esses dados, a tese de suicídio garantida pela polícia –mas ainda questionada pela família da jovem– ganha força.
Luane Chaves Lemes, 23, estava desaparecida desde o dia 19 de setembro. Há duas semanas a Polícia Civil de Passo Fundo (280 km da capital) tentava reconstituir seus passos. Os agentes conseguiram desvendar parte do roteiro que a policial militar fez na manhã do dia em que sumiu.
Ela saiu de casa próximo às 9h, foi a uma agência bancária –onde sacou R$ 100–, comprou duas carteiras de cigarro e andou até a rodoviária da cidade. Nas câmeras de vigilância do local foi possível ver a mulher comprando uma passagem –mais tarde foi verificado que o destino era Porto Alegre.
Na tarde desta quinta-feira (6), ocorpo de Luane foi enterrado no cemitério de Santo Antônio, em Passo Fundo. O3º Regimento de Polícia Montada da BM, onde a soldado estava lotada, preparou uma homenagem. Foi lida uma menção de louvor e preparado um cortejo com viaturas e integrantes do pelotão de cavaleiros.
Contestação
Em entrevista ao UOL Notícias na quarta-feira, o pai de Luane, Paulo Lemes, sargento da Brigada Militar, afirmou que a família ainda se mantém cautelosa em admitir que a filha possa ter cometido suicídio.
“Vamos esperar a perícia. Até porque tem o depoimento do açougueiro [que afirma ter visto Luane por volta das 11h da manhã do dia 19, o que impede que ela tenha embarcado no ônibus]. Ela pode ter sido raptada, estrangulada, e alguém fez parecer suicídio.”
Hoje, o advogado da família, Jabs Paim Bandeira, declarou que recebeu um telefonema no dia 30 de setembro, no qual um homem –que não se identificou– informava que a jovem teria sido assassinada.
“Ele falava com muito ódio dela. Disse pra mim que o corpo estava enterrado e deu a localização aproximada”, afirmou o advogado. A partir desse relato, o defensor solicitou que a polícia verificasse imagens do circuito interno de um pedágio instalado na região. O objetivo seria confirmar se algum veículo seguia o ônibus em que Luane estava. “Queremos esgotar todas as possibilidades.”
Questionada sobre essa hipótese levantada pelo advogado, a delegada foi enfática: “Já indeferi esse pedido, que é absurdo, depois de todos os indícios. Não há a mínima possibilidade da participação de alguma outra pessoa nesse caso.”
Na tarde de terça-feira, uma amiga de Luane, Kelly Thimoteo, prestou depoimento em Porto Alegre. Ela estava com a policial militar na véspera do seu desaparecimento. A testemunha informou que a amiga não tinha perfil de suicida, que tinha terminado um relacionamento havia pouco tempo por excesso de ciúme do companheiro e que tinha planos de deixar a Brigada Militar.
Há dois anos, Luane teria falado em suicídio a um ex-namorado. Segundo perícia em seu computador, antes de sumir ela deletou seu perfil em uma rede social e entrou em páginas de mensagens prontas.
Fonte: UOL
Com esses dados, a tese de suicídio garantida pela polícia –mas ainda questionada pela família da jovem– ganha força.
Luane Chaves Lemes, 23, estava desaparecida desde o dia 19 de setembro. Há duas semanas a Polícia Civil de Passo Fundo (280 km da capital) tentava reconstituir seus passos. Os agentes conseguiram desvendar parte do roteiro que a policial militar fez na manhã do dia em que sumiu.
Ela saiu de casa próximo às 9h, foi a uma agência bancária –onde sacou R$ 100–, comprou duas carteiras de cigarro e andou até a rodoviária da cidade. Nas câmeras de vigilância do local foi possível ver a mulher comprando uma passagem –mais tarde foi verificado que o destino era Porto Alegre.
Na tarde desta quinta-feira (6), ocorpo de Luane foi enterrado no cemitério de Santo Antônio, em Passo Fundo. O3º Regimento de Polícia Montada da BM, onde a soldado estava lotada, preparou uma homenagem. Foi lida uma menção de louvor e preparado um cortejo com viaturas e integrantes do pelotão de cavaleiros.
Contestação
Em entrevista ao UOL Notícias na quarta-feira, o pai de Luane, Paulo Lemes, sargento da Brigada Militar, afirmou que a família ainda se mantém cautelosa em admitir que a filha possa ter cometido suicídio.
“Vamos esperar a perícia. Até porque tem o depoimento do açougueiro [que afirma ter visto Luane por volta das 11h da manhã do dia 19, o que impede que ela tenha embarcado no ônibus]. Ela pode ter sido raptada, estrangulada, e alguém fez parecer suicídio.”
Hoje, o advogado da família, Jabs Paim Bandeira, declarou que recebeu um telefonema no dia 30 de setembro, no qual um homem –que não se identificou– informava que a jovem teria sido assassinada.
“Ele falava com muito ódio dela. Disse pra mim que o corpo estava enterrado e deu a localização aproximada”, afirmou o advogado. A partir desse relato, o defensor solicitou que a polícia verificasse imagens do circuito interno de um pedágio instalado na região. O objetivo seria confirmar se algum veículo seguia o ônibus em que Luane estava. “Queremos esgotar todas as possibilidades.”
Questionada sobre essa hipótese levantada pelo advogado, a delegada foi enfática: “Já indeferi esse pedido, que é absurdo, depois de todos os indícios. Não há a mínima possibilidade da participação de alguma outra pessoa nesse caso.”
Na tarde de terça-feira, uma amiga de Luane, Kelly Thimoteo, prestou depoimento em Porto Alegre. Ela estava com a policial militar na véspera do seu desaparecimento. A testemunha informou que a amiga não tinha perfil de suicida, que tinha terminado um relacionamento havia pouco tempo por excesso de ciúme do companheiro e que tinha planos de deixar a Brigada Militar.
Há dois anos, Luane teria falado em suicídio a um ex-namorado. Segundo perícia em seu computador, antes de sumir ela deletou seu perfil em uma rede social e entrou em páginas de mensagens prontas.
Fonte: UOL
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