Roberto Bulhões |
Em recente levantamento feito pelo Jornal O Estado de São Paulo, em oito anos no ar, programa Linha Direta foi responsável pela localização de mais de 400 procurados pela justiça no Brasil e até no exterior. Segundo uma das organizadoras do movimento, Cilma Paula Azevedo, a Sociedade Civil, especialmente as vítimas da violência, perdeu muito com a retirada do Linha Direta da grade da TV Globo. Além de divulgar fotos dos “foragidos da lei”, acalentava os corações das pessoas que foram vítimas da violência.
Em recente levantamento feito pelo Jornal O Globo, do Rio de Janeiro, foi revelado um quadro assustador que poderia ser amenizado com a volta do programa. A reportagem de O Globo revelou que no Brasil cerca de 80% dos inquéritos policiais terminam arquivados, sem contar que mais de 140 mil inquéritos que estão abandonados nas delegacias e nos fóruns. O movimento pela volta do Linha Direta vem colhendo assinaturas em todo país para encaminhar a TV Globo no início do próximo ano. Os organizadores disponibilizaram o e-mail azevedo.cilma@yahoo.com.br para receber apoio e juntar com o abaixo assinado que está sendo enviado a várias cidades.
O programa Linha Direta tinha a apresentação do renomado jornalista Domingos Meireles, que continua na TV Globo e poderá voltar a apresentar o mesmo programa, caso a emissora atenda o apelo popular. Nos últimos anos o Linha Direta foi o único programa de utilidade pública da TV brasileira, conseguindo bons índices de audiência. A saída do programa do ar deixou um vazio enorme no seio de milhares de famílias vítimas da violência que viam no Linha Direta a única chance de resolver alguns crimes que se arrastavam sem solução.
Em Juazeiro do Norte podemos tomar como exemplo o caso do promotor de eventos João Vicente da Silva, (Jhonathan Kiss), executado brutalmente no dia 10 de setembro de 2000, dentro de sua residência. Bastou o Linha Direta entrar em ação, mostrando as fotos dos suspeitos do crime. Os acusados foram presos e o crime solucionado em pouco tempo.
Fonte: Site Miséria
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