Hacker Anonymous invadem site de FBI

Do G1, em São Paulo

Anonymous diz ter derrubado site do FBI do ar (Foto: Reprodução) 
Perfil do Anonymous no Twitter anuncia que tirou
site do FBI do ar (Foto: Reprodução)
O grupo hacker Anonymous afirmou na noite de quinta-feira (19) por meio de seus perfis no Twitter que derrubou o site do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos. Às 23h50, o endereço "www.fbi.gov" estava inacessível. O site ficou fora do ar por cerca de 1 hora. O governo americano não afirmou se foi uma falha nos servidores ou se realmente houve um ataque.
Nesta quinta, o Anonymous também disse ter sido responsável pela saída do ar dos sites do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, da Universal Music, da Associação de Filmes dos EUA e da Associação da Indústria Fonográfica do país, dentre outros endereços.
A movimentação é em protesto contra a derrubada do site de compartilhamento de arquivos Megaupload e a prisão de seu fundador nesta quinta na Nova Zelândia.
No Twitter, o grupo diz "a internet contra-ataca", e que a luta é pela “liberdade da internet”. Em uma das mensagens, o Anonymous também ameaçou um ataque contra o site da Casa Branca.
O Megaupload, um dos maiores sites de compartilhamento de arquivos do mundo, foi tirado do ar na quinta-feira (19). O fundador da companhia e vários de seus executivos foram acusados formalmente de violar leis antipirataria nos Estados Unidos, informaram promotores federais do país. A acusação alega que o site deu aos detentores de direitos autorais mais que US$ 500 milhões em prejuízo por facilitar a pirataria de filmes e outros tipos de conteúdo.
"Parece que o justice.gov (site do Departamento de Justiça dos Estados Unidos) foi atacado por navios piratas", diz postagem em perfil no Twitter do grupo Anonymous (Foto: Reprodução) 
"Parece que o justice.gov (site do Departamento de Justiça dos Estados Unidos) foi atacado por navios piratas", diz postagem em perfil no Twitter do grupo Anonymous (Foto: Reprodução)
Em comunicado, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos disse que o fundador do Megaupload, Kim Dotcom (também conhecido como Kim Schmitz), e outros três executivos da empresa foram presos nesta quinta-feira na Nova Zelândia a pedido de oficiais norte-americanos.
O Megaupload é único não somente pelo grande volume de downloads que possibilita, mas pelo apoio que tem de celebridades e músicos, geralmente vistos como vítimas da violação das leis antipirataria. Antes de ser tirado do ar, o site trazia o “apoio” de nomes como a socialite orte-americana Kim Kardashian e os músicos Alicia Keys e Kanye West. As celebridades chegaram a gravar um vídeo de apoio à companhia, mas as imagens foram tiradas do ar pelas gravadoras.
SOPA e PIPA
A derrubada dos sites acontece um dia depois que diversos endereços, incluindo a Wikipédia e a Craigslist, tiraram seus sites do ar em protesto com o SOPA e o PIPA, dois projetos de lei antipirataria que circulam nos Estados Unidos.
O Stop Online Piracy Act (SOPA) é um projeto de lei com regras mais rígidas contra a pirataria digital nos EUA. Ele prevê o bloqueio no país, por meio de sites de busca, por exemplo, a determinado site acusado de infringir direitos autorais. O foco está principalmente em sites estrangeiros, contra os quais as empresas americanas pouco podem agir. No Senado, circula o Protect IP Act, conhecido como PIPA (ato para proteção da propriedade intelectual), outro projeto sobre direitos autorais que mira a internet.
Ambos são apoiados por empresas de entretenimento, constantes alvos de pirataria, mas são questionados por companhias de internet, como Google, Facebook, Amazon e Twitter, que interpretam as medidas como um tipo de censura aos sites e à liberdade de expressão. O SOPA ainda está sendo avaliado por comissão na Câmara; a PIPA deve ir à votação no Senado ainda neste mês.

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