Mais informações: Caso Geralda Lúcia, que teve os olhos arrancados

Letícia Macedo Do G1 SP

crime mairiporã (Foto: Luna D'Alama/G1) 
Polícia investiga também se crime aconteceu em ritual de magia negra (Foto: Luna D'Alama/G1)
O assassinato da dona de casa Geralda Lúcia Ferraz Guabiraba, de 54 anos, encontrada no sábado (14) com o rosto desfigurado, sem os olhos e sem a pele do rosto em Mairiporã, na Grande São Paulo, pode ter relação com um ritual de magia negra ou vingança. A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (16) pela delegada titular Cláudia Patrícia Dalvia, da delegacia central de Mairiporã. Nesta tarde, o genro da vítima e o porteiro que trabalha no imóvel onde ela morava devem prestar depoimento.

Mairiporã (Foto: Editoria de Arte/G1)
A polícia trabalhava inicialmente apenas com a possibilidade de o assassinato ter sido cometido em um ritual de magia negra, porque o corpo foi encontrado com um ferimento profundo no pescoço, em um local conhecido como Pedra da Macumba, na altura do km 8 da Estrada de Santa Inês, onde são praticados rituais.
“Existe a possibilidade de vingança, mas isso vai depender do depoimento de familiares e do que eu conseguir no computador”, disse a delegada. Ela se negou a dar mais detalhes para não atrapalhar as investigações. O computador e o celular da dona de casa foram apreendidos pela polícia em buscas de pistas para esclarecer o homicídio. Nesta manhã, Cláudia voltou a afirmar que a dona de casa era “pacata e recatada”. Cláudia era casada com José Pereira Guabiraba, diretor comercial do Grupo Estado.
Até esta manhã, a Polícia Civil não tinha recolhido nenhum depoimento formal. Entretanto, os policiais já sabiam que a dona de casa saiu sozinha na noite de sexta-feira (13). As imagens do circuito do imóvel onde ela morava também devem chegar até a polícia ainda nesta segunda. A Polícia Civil vai solicitar as imagens de uma câmera da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que está no trajeto entre a casa da vítima, na Zona Norte de São Paulo, e local do crime.

Perícia
O carro da vítima já foi periciado. No interior do veículo foram encontrados um copo de alumínio e uma garrafa plástica. Nos dois recipientes havia uma substância branca que será analisada. A polícia, entretanto, acredita que isso tenha sido usado para sedar a vítima.

Ainda segundo a polícia, ela foi morta do lado de fora do carro. O corpo foi encontrado após uma denúncia feita pelo telefone 190. Do lado do corpo estavam três cestas de vime vazias. O corpo tinha um corte profundo no pescoço. Um pedaço de vidro foi encontrado no local, mas a polícia ainda não sabe se ele foi usado para ferir Geralda. A vítima usava um escapulário – objeto religioso usado por católicos.

Segundo os familiares, a vítima não costumava sair de casa no momento em que foi vista deixando o prédio – entre 23h e 23h30 de sexta-feira (13).

O marido de Geralda tomava medicamento para dormir e, por isso, não viu a mulher sair de casa. Ele deverá prestar depoimento quando tiver condições, segundo a delegada, já que está muito abalado. O enterro foi realizado na manhã de domingo.

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