Saída dos PMs grevistas começou na manhã desta quinta-feira (9).
Apontado como líder, Marco Prisco saiu pelos fundos, diz Exército.
A saída dos manifestantes e a prisão ocorreu após o Jornal Nacional divulgar, na quarta-feira (8), conversas gravadas entre os chefes dos PMs grevistas na Bahia que mostram acertos para realização de ações de vandalismo em Salvador. O líder da Aspra, Marco Prisco, foi flagrado em ao menos um dos telefonemas. Tanto ele quanto Angelim estavam na lista dos 12 integrantes do movimento que eram alvo de mandados de prisão. Até esta manhã, cinco foram presos.
O tenente-coronel do Exército Márcio Cunha disse que os dois presos foram encaminhados para a Polícia do Exército, na capital baiana. Ambos saíram pelos fundos da Assembleia, evitando o contato com a imprensa. A estratégia foi uma exigência de Prisco, que liderava a ocupação.
Depois da liberação do espaço, o acesso ao Centro Administrativo da Bahia (CAB), onde funciona a Assembleia e outros órgãos públicos, foi totalmente liberado.
Através da assessoria de imprensa, o governo da Bahia disse que está avaliando a situação para divulgar um comunicado oficial. A Secretaria de Segurança Pública também não tem informações até o momento, mas alega que deve haver uma entrevista coletiva ainda nesta quinta-feira para tratar do assunto.
Denúncia e desocupaçãoPoliciais militares grevistas começaram a deixar o prédio da Assembleia pouco depois das 6h desta quinta-feira (9), quando a ocupação do local completava dez dias. A saída foi anunciada ainda na madrugada pelo advogado Rogério Andrade, que representa a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra).
A saída dos manifestantes ocorreu de forma organizada no começo da manhã. Primeiro, um grupo de mulheres deixou o prédio. As forças de segurança colocaram ônibus à disposição do grupo. A maioria deixou a região usando os próprios carros e motos. Os veículos foram revistados pela Polícia Federal.
A greve dos PMs na Bahia começou em 31 de janeiro e o governo do estado solicitou auxílio da Força Nacional de Segurança e do Exército para fazer o patrulhamento nas ruas e cercar o prédio da Assembleia, que havia sido tomado pelos grevistas.
Ainda antes do amanhecer, cinco homens deixaram a sede do órgão estadual e foram liberados porque não havia mandados de prisão contra eles. Eles passam por uma revista e tiveram a saída permitida. A liberação deles foi mais um indício de que a entrega total dos grevistas estava próxima. Os soldados do Exército se mantiveram estrategicamente posicionados para atuar em caso de necessidade.
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Tropa do ExércitoAs tropas foram reforçadas no Centro Administrativo da Bahia (CAB) nesta quarta-feira (8), de acordo com informações do Exército. O número de homens no local passou de 1.038 para 1.400 no período da tarde, sendo 1.200 membros do Exército, 50 da Força Nacional e 150 PMs.
Segundo o tenente-coronel Cunha, responsável pela comunicação do Exército, a ampliação da segurança no local visa manter a tranquilidade no CAB. "Nós fizemos uma análise no final do dia de ontem e decidimos fazer o reforço para aumentar a segurança. Não consideramos as manifestações tumulto", destacou Cunha.
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