Caso Yoki: últimas informações, Mulher confessa ter esquartejado marido

Do UOL Notícias, em São Paulo

  • Diogo Moreira/Agência Estado
    Elize Kitano Matsunaga, 38, é suspeita de matar e esquartejar o marido, o diretor-executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 Elize Kitano Matsunaga, 38, é suspeita de matar e esquartejar o marido, o diretor-executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42
A mulher do executivo da Yoki Alimentos, Marcos Kitano Matsunaga, 42, morto com um tiro e encontrado esquartejado no mês passado, confessou em depoimento prestado nesta quarta-feira (6) no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), na região central de São Paulo, ter matado o empresário. As informações são do canal Globo News.
Segundo a emissora, Elize Kitano Matsunaga, 38, considerada a principal suspeita pelo crime, confessou em depoimento ter matado e esquartejado o marido, por ciúmes, e disse ter usado anticoagulantes. Ainda segundo a emissora, ela teria admitido ter esquartejado o marido em um quarto de empregadas da cobertura do casal na Vila Leopoldina, zona oeste de SP e teria ainda mostrado à polícia a arma que ela usou no crime.
Ela chegou por volta das 11h, levada da cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo, onde passou a noite. Principal suspeita, Elize Ramos Kitano Matsunaga, 38, está presa desde segunda-feira (4) temporariamente por determinação judicial.
Segundo informações da Globo News, a polícia também já identificou um segundo suspeito que teria ajudado Elize no crime. A identidade dele não foi revelada.
A polícia conseguiu a prorrogação da prisão temporária de Elize por mais 30 dias.
Ainda hoje, a babá e a empregada que trabalhavam na residência do casal devem ser ouvidas. A polícia também procura um homem que teria ajudado Elize a se desfazer do corpo em Cotia (Grande SP). Uma testemunha teria visto um motociclista jogar numa área de mata ao menos um dos sacos plásticos onde estavam partes do corpo.
Uma das hipóteses investigadas é que o empresário foi assassinado porque a sua mulher soube que ele a traía. Ela teria contratado um detetive particular para seguir o executivo e descoberto que ele havia saído com outras mulheres. Outra linha de investigação é que o crime tenha motivação financeira, pois Matsunaga havia feito um seguro de vida no valor de R$ 600 mil do qual a mulher e a filha são beneficiárias.
Na avaliação do advogado da família do empresário, a confissão da mulher de Marcos decorreu das provas conseguida pela polícia, uma delas o rastreamento do celular, que indicou que Elize esteve em Cotia depois do crime. "Com a confissão, o caso está praticamente resolvido, mas as investigações não param aí", diz o advogado, referindo-se à busca de outra pessoa que teria participado do crime. 

Indícios

Pouco antes de ter sido presa, Elize doou à Guarda Civil de Cotia três armas que seriam do casal, entre elas uma pistola calibre 765, arma idêntica que matou o executivo. Um exame de balística será realizado na arma para apurar se foi a mesma usada no crime. Tanto Elize quanto o marido haviam feito curso de tiro.
Desaparecido desde o dia 20 de maio, Matsunaga teve o corpo esquartejado e alguns membros foram deixados em sacos plásticos. Durante uma operação de busca e apreensão no apartamento onde o casal vivia, na Vila Leopoldina (zona oeste de SP), foram encontrados sacos parecidos. Ainda chamou a atenção da polícia o fato de haver no apartamento mais de uma geladeira. Como as partes do corpo tinham sinais de resfriamento, os refrigeradores passarão por perícia.
Imagens das câmeras de segurança do edifício, que não foram divulgadas, também incriminam Elize, segundo a polícia. Elas registram quando o casal chegou ao prédio com a filha de um ano e a babá no dia 19 de maio. Algum tempo depois, a babá e a empregada deixam o local e Matsunaga desce para pegar uma pizza. É a última imagem dele vivo. Para a polícia, ele foi morto dentro do próprio apartamento. No dia seguinte, Elize foi filmada saindo pela manhã com três malas com rodinhas. Retornou apenas à noite e já sem as malas.
O enterro do empresário aconteceu na terça (5) no cemitério São Paulo, na presença apenas do pai, Mitsuo, e do irmão, Mauro, conforme decisão da família. Alguns poucos funcionários e advogados acompanharam o funeral, que não teve velório.

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