Mthethwa disse à "Talk Radio 702" que também há muitos feridos na mina de platina da empresa Lonmin em Marikana, a 100 quilômetros de Johanesburgo, onde os agentes abriram fogo contra mineiros armados com machetes e paus.
O número de mortos não é definitivo e pode aumentar, segundo a imprensa local.
"A polícia fez tudo o que pôde, mas os mineiros disseram que não deixariam o local e que estavam dispostos a lutar", comentou o ministro sobre um incidente que causou comoção na África do Sul e evocou a violência do "apartheid".
Policiais abriram fogo contra mineiros na África do Sul. (Foto: AP Photo)
Em comunicado oficial, o presidente sul-africano, Jacob Zuma, se disse "comovido e consternado por esta violência sem sentido"."Acreditamos que há espaço suficiente em nossa ordem democrática para resolver qualquer disputa mediante o diálogo, sem violência e sem descumprir a lei", acrescentou Zuma.
Os distúrbios na mina começaram na sexta passada e, antes da tragédia desta quinta, já haviam morrido dez pessoas em incidentes violentos entre os próprios manifestantes e em confrontos dos mineiros com as forças de segurança.
O conflito começou pela disputa entre dois sindicatos rivais, a majoritária Associação de Trabalhadores da Mineração e Construção (AMCU) e a União Nacional de Mineiros (NUM), iniciada há uma semana, logo após a declaração de uma greve.
A polícia desdobrou desde então um amplo dispositivo para conter os manifestantes, que a imprensa sul-africana calculou em cerca de três mil pessoas.
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