A colisão aconteceu a 2600 metros do chão e provocou momentos de tensão. O piloto de um dos aviões teve que ser rápido para se salvar.
Era o último salto do dia. O céu estava limpo, sem nuvens. Não havia turbulências. O vento soprava sem muita força a 2600 mil metros de altura.
Cenário perfeito para o exercício de rotina dos nove paraquedistas. Nenhum com menos de 200 saltos de experiência. Três deles já se posicionavam do lado de fora do avião, mas algo saiu errado.
Daniel tentou desesperadamente se segurar. Se ele se soltasse naquela posição, poderia ser atingido pela hélice do outro avião. E tinha uma outra preocupação: a namorada Patrícia.
"Ela gritava de uma maneira terrível, que eu não sei explicar", lembra Daniel.
O impacto foi imediatamente seguido por uma explosão. Um clarão forte surgiu a menos de dois metros dos paraquedistas.
Patrícia entrou em pânico. "Eu pensei que íamos todos morrer", conta.
Daniel, Patrícia e Sarah mergulharam no ar desorientados a 200 quilômetros por hora. O piloto do avião gritou para que os outros dois paraquedistas pulassem em seguida.
Os nove paraquedistas estavam divididos em dois aviões. Cinco no de cima, quatro no de baixo. Iriam se juntar em uma formação única durante o salto, mas houve um erro de cálculo quando o avião de baixo se aproximou do de cima.
A roda de um atingiu a asa do outro, que se partiu. A gasolina armazenada no tanque da asa vazou, provocando a explosão.
Os quatro paraquedistas no avião de baixo também foram arremessados longe pelo impacto.
"Eu ouviu um barulho bem alto, como o de uma batida de carro. E aí fomos jogados pra fora do avião", revela um paraquedista.
Em queda livre, um deles vira o corpo e consegue filmar o momento da explosão, com os paraquedistas espalhados pelo céu. Um dos aviões ficou de cabeça pra baixo. O outro se partiu em chamas.
Sem metade da asa, o Cessna não conseguiu manter a altitude. Passou a cair em posição vertical. Em seguida, entrou em parafuso. Não havia mais como controlar o avião. Patrícia acompanha a queda, torcendo para que o piloto faça a única manobra possível para sobreviver: usar o paraquedas de emergência. Tarefa difícil para quem só havia saltado duas vezes na vida, mas ele consegue.
Para o experiente Barry, um trabalho fantástico. "Ele teve que girar, se apoiar, puxar a perna e saltar. Isso sob grande pressão, com o avião em parafuso. Ele fez tudo certo", diz.
A próxima preocupação era com os destroços do avião. Muitos em chamas. Ali próximo, havia dezenas de tanques de combustível. Uma explosão provocaria uma tragédia. Os pedaços do Cessna também poderiam rasgar os paraquedas e provocar uma queda livre fatal.
"O objetivo de todos ali era se afastar o máximo possível antes de abrir os paraquedas", explica um paraquedista.
Quem já pousou faz a contagem? "Um, dois, três. Seis, sete. Estão todos bem".
Mas ainda falta o piloto do avião que se manteve no ar. Os paraquedistas correm para a caminhonete.
O Cessna é finalmente avistado. Na cabeceira da pista, todos torcem juntos pelo pouso. Carros da polícia e ambulâncias se aproximam. Não havia paraquedas de emergência no avião. Para o piloto, era pousar ou morrer. A aterrissagem é bem sucedida. Por causa do choque, ele perdeu a capacidade de acelerar o motor, que passou a trabalhar em baixa rotação.
O avião foi atingido em vários pontos. Perto do motor. Na asa há marcas da hélice do outro avião. “Houve um choque das duas hélices, da deste avião com o do outro", afirma Daniel. Do avião que pegou fogo e caiu, sobrou pouca coisa. Uma das asas ficou queimada porque o combustível ficava lá dentro. A cabine virou metal torcido.
Mesmo depois de alguns dias, ver a imagem causa bastante espanto nos paraquedistas.
Daniel tentou desesperadamente se segurar. Se ele se soltasse naquela posição, poderia ser atingido pela hélice do outro avião. E tinha uma outra preocupação: a namorada Patrícia.
"Ela gritava de uma maneira terrível, que eu não sei explicar", lembra Daniel.
O impacto foi imediatamente seguido por uma explosão. Um clarão forte surgiu a menos de dois metros dos paraquedistas.
Patrícia entrou em pânico. "Eu pensei que íamos todos morrer", conta.
Daniel, Patrícia e Sarah mergulharam no ar desorientados a 200 quilômetros por hora. O piloto do avião gritou para que os outros dois paraquedistas pulassem em seguida.
Os nove paraquedistas estavam divididos em dois aviões. Cinco no de cima, quatro no de baixo. Iriam se juntar em uma formação única durante o salto, mas houve um erro de cálculo quando o avião de baixo se aproximou do de cima.
A roda de um atingiu a asa do outro, que se partiu. A gasolina armazenada no tanque da asa vazou, provocando a explosão.
Os quatro paraquedistas no avião de baixo também foram arremessados longe pelo impacto.
"Eu ouviu um barulho bem alto, como o de uma batida de carro. E aí fomos jogados pra fora do avião", revela um paraquedista.
Em queda livre, um deles vira o corpo e consegue filmar o momento da explosão, com os paraquedistas espalhados pelo céu. Um dos aviões ficou de cabeça pra baixo. O outro se partiu em chamas.
Sem metade da asa, o Cessna não conseguiu manter a altitude. Passou a cair em posição vertical. Em seguida, entrou em parafuso. Não havia mais como controlar o avião. Patrícia acompanha a queda, torcendo para que o piloto faça a única manobra possível para sobreviver: usar o paraquedas de emergência. Tarefa difícil para quem só havia saltado duas vezes na vida, mas ele consegue.
Para o experiente Barry, um trabalho fantástico. "Ele teve que girar, se apoiar, puxar a perna e saltar. Isso sob grande pressão, com o avião em parafuso. Ele fez tudo certo", diz.
A próxima preocupação era com os destroços do avião. Muitos em chamas. Ali próximo, havia dezenas de tanques de combustível. Uma explosão provocaria uma tragédia. Os pedaços do Cessna também poderiam rasgar os paraquedas e provocar uma queda livre fatal.
"O objetivo de todos ali era se afastar o máximo possível antes de abrir os paraquedas", explica um paraquedista.
Quem já pousou faz a contagem? "Um, dois, três. Seis, sete. Estão todos bem".
Mas ainda falta o piloto do avião que se manteve no ar. Os paraquedistas correm para a caminhonete.
O Cessna é finalmente avistado. Na cabeceira da pista, todos torcem juntos pelo pouso. Carros da polícia e ambulâncias se aproximam. Não havia paraquedas de emergência no avião. Para o piloto, era pousar ou morrer. A aterrissagem é bem sucedida. Por causa do choque, ele perdeu a capacidade de acelerar o motor, que passou a trabalhar em baixa rotação.
O avião foi atingido em vários pontos. Perto do motor. Na asa há marcas da hélice do outro avião. “Houve um choque das duas hélices, da deste avião com o do outro", afirma Daniel. Do avião que pegou fogo e caiu, sobrou pouca coisa. Uma das asas ficou queimada porque o combustível ficava lá dentro. A cabine virou metal torcido.
Mesmo depois de alguns dias, ver a imagem causa bastante espanto nos paraquedistas.
Lanaya estava apoiada na asa que pegou fogo. "Ver o estado em que ficou o avião me faz tremer. Sinto calafrios pelo corpo", diz.
Mike não conseguiu dormir nos dias seguintes ao acidente. Sarah teve pesadelos com as lembranças. Daniel reviu as imagens do acidente várias vezes. Mas não quis ouvir os gritos de desespero.
"Foi um milagre e isso fica mais claro pra mim quando eu lembro que o piloto que estava neste avião não tinha um paraquedas", acrescenta Barry.
E como retribuir essa nova oportunidade que a vida deu a cada um deles? Sarah responde: “Certamente vou saltar de novo”.
"Foi um milagre e isso fica mais claro pra mim quando eu lembro que o piloto que estava neste avião não tinha um paraquedas", acrescenta Barry.
E como retribuir essa nova oportunidade que a vida deu a cada um deles? Sarah responde: “Certamente vou saltar de novo”.
"Acredito que nenhum de nós pode simplesmente dar as costas para a experiência de pular de paraquedas e dizer: ‘ok, para mim acabou’", afirma Mike.
Veja as imagens AQUI
fonte: G1
Comentários