Com o enredo "Se o mundo fosse acabar, me diz o que você faria se só te restasse um dia", o carnavalesco Paulo Barros, responsável pelo desfile da Mocidade Independente de Padre Miguel, colocou legendas em todas as alas, para que o público pensasse sobre o assunto junto com a escola. "O enredo fazia uma pergunta, o que você faria se só lhe restasse um dia. Então, as alas vinham questionando e instigando o público a responder, isso eu faria, isso eu não faria", disse.
Apesar de a escola ter arrancado gritos de "é campeã" ao fim do desfile, Barros não quis cravar a liderança. "Na verdade não vi o desfile, eu coloco a escola dentro da avenida, estressadíssimo como sempre, mas depois que entrou, eu acho que foi tudo perfeito. Não sei se houve algum erro, algum deslize, mas aparentemente não", afirmou o carnavalesco.
Pela primeira vez comandando o carnaval na Mocidade, Barros desconversou sobre uma renovação de contrato e disse que "as coisas vão fluir normalmente". Ele ainda se mostrou honrado de participar da história da escola, mas minimizou seu papel. "Me considero simplesmente uma engrenagem para que eles resgatassem a autoestima", afirmou.
Barros afirmou ainda que o "enredo quis passar a mensagem de liberdade total". "Quando você anuncia que o mundo vai acabar, acaba com todos os limites, regras e tabus. Se eu saísse nu hoje na rua, provavelmente seria preso ou chamado de louco. Se o mundo acabasse amanhã, as pessoas olhariam para mim e diriam: 'Ele está sendo feliz, aproveitando o último dia da vida dele'", completou.
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