São Paulo (AE) - Ex-presidente da República, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) foi destinatário de R$ 3 milhões em propina resultante de negócio fechado pela BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, segundo depoimento do doleiro Alberto Youssef prestado ao Ministério Público Federal no âmbito da delação premiada. A informação foi publicada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo. O doleiro teria afirmado aos procuradores que um emissário de Collor e do PTB intermediou o suborno. O nome do emissário, ainda segundo teria dito Youssef, é Pedro Paulo Leoni Ramos, consultor do setor de energia conhecido como PP. Ele teria intermediado uma transação entre a BR Distribuidora, maior comercializadora de combustíveis do País, e postos de gasolina. A propina seria de 1% do valor total da transação.
Tanto Collor quanto PP já haviam sido citados anteriormente na Operação Lava Jato, deflagrada em 17 de março do ano passado. No caso do ex-presidente, a Polícia Federal havia encontrado encontrado, durante as operações de busca e apreensão no escritório de Youssef, comprovantes de depósitos bancários em nome de Collor. Os depósitos teriam sido efetuados em maio de 2013, e somam cerca de R$ 50 mil. O senador do PTB e ex-presidente sempre negou participar do esquema.
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