Eleições no Brasil são 'altamente confiáveis' e melhores do que nos EUA, diz estudo

Um estudo publicado neste mês por pesquisadores das universidades de Sydney, na Austrália, e de Harvard, nos Estados Unidos, coloca a integridade das eleições de 2014 no Brasil à frente do processo eleitoral que reelegeu o presidente norte-americano Barack Obama, em 2012. Na América Latina, apenas a Costa Rica e o Uruguai ficaram mais bem posicionados.

O levantamento, intitulado Projeto Integridade Eleitoral, analisou informações de 127 processos eleitorais, ocorridos entre 1º de julho de 2012 e 31 de dezembro de 2014. A pesquisa abrange dois terços (4,2 bilhões de pessoas) de todos os países independentes que têm eleições diretas para a câmara baixa do parlamento.

Os pesquisadores criaram um padrão de integridade eleitoral, baseado em convenções, tratados e protocolos de agências da comunidade internacional e por decisões da ONU (Organizações das Nações Unidas). Em seguida, foi elaborado um grupo de 49 indicadores em 11 categorias que refletem todo o ciclo eleitoral.

Foram analisados itens como a lei eleitoral, financiamento das campanhas, contagem dos votos, autoridades eleitorais, protestos pós-eleitorais, entre outros.

Os países foram classificados com base em um ranking de 100 pontos, que cria três subdivisões: alto, moderado e baixo nível de integridade eleitoral. O Brasil ficou em um patamar considerado alto.

Segundo o estudo, a nota do Brasil, pelas eleições de outubro de 2014, foi 74,1. A média nas Américas foi de 69 e, no mundo todo, 64.

O Brasil ficou na 27ª posição, os Estados Unidos, na 42ª, com 70,2 pontos. No topo da lista estão Noruega, Costa Rica, Suécia, Alemanha e Holanda.

As eleições presidenciais de abril de 2013 na Venezuela ficaram em 110º lugar, pior posição entre os países sul-americanos.

A contagem dos votos no Brasil foi considerada ótima, assim com a lei e os procedimentos eleitorais. Porém, o que pesou para o País não conseguir uma nota melhor foi o financiamento de campanha, que teve nota 50, em uma pontuação que vai de 0 a 100. É justamente essa uma das questões que o Congresso vai debater em breve nas votações da reforma política


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