Iguatu Noticias

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Fase pré-clínica da 'pílula do câncer' deve durar 7 meses

Posted: 16 Nov 2015 05:23 PM PST


O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação pretende concluir a fase pré-clínica da fosfoetanolamina sintética, que ficou conhecida como "a pílula do câncer" em sete meses. Esse é o tempo previsto para que sejam feitas as análises do produto, desenvolvido por pesquisados do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos. 

O ministro do MCTI, Celso Pansera, informou que nesta terça-feira a pasta deverá solicitar à USP 500 gramas do produto que serão analisados pelos laboratórios escalados para participar desta fase do programa. Paralelamente, a pasta vai pedir a rota de síntese da fosfoetanolamina depositada no Instituto Nacional de Produção Industrial (INPI), a "receita" do produto, para que ele seja preparado pelo Laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro. "Para um controle melhor a ideia é usar os produtos obtidos dessas duas formas na análise pré-clínica", disse o ministro Pansera.

Concluída a fase pré-clínica, num período estimado em sete meses o material deverá ser encaminhado para análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Somente com o aval da autarquia reguladora é que uma eventual fase com testes em voluntários terá início. "Não há ainda um desenho feito, não sabemos quem seriam os potenciais pacientes", disse o ministro. 

Ele observou também não haver prazo para que uma eventual fase de testes com pacientes seja concluída. "Temos que aguardar, neste primeiro instante, os resultados da primeira fase."

O governo vai destinar R$ 10 milhões para um estudo do produto, que durante anos foi distribuído para pessoas que acreditavam que ele teria ação terapêutica contra o câncer. Há dois anos, o fornecimento foi interrompido e, a partir daí, uma batalha judicial se formou. De um lado, pacientes insistindo no uso do produto, de outro, tribunais ora permitindo, ora negando o acesso. 

"O grupo de trabalho foi formado para dar uma resposta à sociedade. Temos uma comoção em torno do assunto", disse o ministro. Este ano, serão liberados para pesquisa R$ 2 milhões. Na primeira etapa testarão a droga, além da UFRJ, o Laboratório da Universidade Federal do Ceará e o Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos, uma Organização Social. 

O comitê escalado para acompanhar todas as fases do processo conta com integrantes do MCTI, do Ministério da Saúde e vários centros de pesquisa. A pedido de um dos pesquisadores que desenvolveu a substância na USP de São Carlos, o professor aposentado Gilberto Chierice, o governo vai convidar outras três instituições para acompanhar o andamento das pesquisas: Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Universidade de São Paulo e Instituto Butantã. Os trabalhos também serão acompanhados pela Academia Brasileira de Ciência, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e a Academia Nacional de Medicina e Ministério Público e Defensoria Pública.

Os resultados do trabalho serão divulgados em um portal. "A ideia é dar transparência e permitir que a sociedade civil tenha acesso a todas as etapas." O ministro observou que o uso do produto até agora desconheceu todo o rito necessário para o desenvolvimento de drogas: pesquisas com critérios claros, com análise de autoridades sanitárias para comprovação da sua segurança e eficácia.


Acidente envolvendo ônibus deixa dois mortos no interior do Ceará

Posted: 16 Nov 2015 09:40 AM PST


Duas pessoas morreram em um acidente envolvendo um ônibus e um veículo bi-trem na madrugada desta segunda-feira (16) na BR-116, no município de Barro, no interior do Ceará. Ao todo foram 10 feridos, dois em estado grave com suspeita de traumatismo craniano.

Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal do Ceará (PRF_, o acidente teria acontecido por volta das 4:40.

O ônibus vinha da Paraíba e transportava romeiros. As causas do acidente ainda estão desconhecidas.

A PRF e o IML (Instituto Médico Legal) estão no local.




Pnad 2014: país ainda tem 13 milhões de analfabetos

Posted: 16 Nov 2015 06:00 AM PST

Mais 42 mil crianças entraram mais cedo na escola, enquanto 13,2 milhões de brasileiros ainda continuam sem saber ler nem escrever. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2014, divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE, aponta uma expansão da educação infantil no Brasil: a faixa etária em que mais cresceu o número de pessoas frequentando a escola no país, entre 2013 e o ano passado, foi a de 4 a 5 anos de idade, na qual as crianças estão na pré-escola. A matéria é de O Globo.

Apesar desse avanço, a Pnad também mostra deficiências que se perpetuaram no setor no mesmo período: com menos cem mil analfabetos, o Brasil ainda tem 8,3% de cidadãos que não leem nem escrevem — o que faz com que não tenha atingido meta da ONU que estabelecia que o país chegasse a 2015 com 93,5% da população alfabetizada, ou 6,5% de pessoas iletradas, segundo pesquisadores da área. 

Mesmo o avanço na educação infantil está ameaçado pela crise econômica atual, já que, dentro do corte no orçamento do Ministério da Educação em 2015, a maior redução, afirmam pesquisadores, foi no ProInfância (Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil), programa federal que enfoca justamente a construção de creches e pré-escolas.

Ao analisar a Educação no país, um dos destaques da Pnad de 2014 foi a taxa de escolarização, que é o percentual de pessoas dentro de uma faixa etária que está frequentando a escola. O maior aumento de taxa de escolarização foi na faixa de 4 a 5 anos: 82,7% das crianças nessa faixa (4,556 milhões de crianças) estavam frequentando a pré-escola em 2014, contra 81,4% (4,514 milhões) em 2013.

NORDESTE EM PIOR SITUAÇÃO
Ao analisar o analfabetismo, a Pnad ressalta que, enquanto em 2013 o país tinha 13,3 milhões de analfabetos de 15 anos ou mais de idade, em 2014 esse número passou para 13,2 milhões. Apesar de também ter visto uma queda no número de pessoas iletradas, o Nordeste continuou a ser a região em pior situação: em 2013 tinha 16,9%, percentual que foi para 16,6% ano passado. Na melhor posição está o Sul, que tinha 4,6% de analfabetos e passou a ter 4,4%.

O IBGE também analisou o analfabetismo funcional, considerando como analfabeto funcional a pessoa com 15 anos ou mais de idade que tem menos de 4 anos de estudo. Segundo essa medida, 17,6% das pessoas com 15 anos ou mais eram analfabetos funcionais em 2014; em 2013, eram 18,1%. 

Segundo educadores e pesquisadores da área, porém, os percentuais de analfabetismo funcional no Brasil apontados pelo IBGE estariam subestimados, pois a parcela de analfabetos funcionais — ou seja, pessoas que, mesmo alfabetizadas, não têm habilidades de interpretação de texto, leitura/escrita e cálculo básico — não estaria restrita àqueles com menos de 4 anos de estudo. 

O Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), por exemplo, desenvolvido pelo Instituto Paulo Montenegro com a ONG Ação Educativa e que mede o nível de alfabetismo funcional da população entre 15 e 64 anos, mostrou em 2012 que 27% dessa população eram analfabetos funcionais.


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