Iguatu Noticias |
Acusados tentam criar 'teoria da conspiração', diz procurador Posted: 29 Feb 2016 07:26 AM PST O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato, rebateu as críticas do ex-presidente Lula, que, durante festa de aniversário de 36 anos do PT no sábado, acusou o Ministério Público e a imprensa de trabalhar para "destruir o PT". "Existem dois modos de responder uma acusação. O primeiro é mostrar que aquilo que a pessoa disse é mentira. O segundo é desacreditar e tirar a credibilidade das pessoas que te acusam. O que vários acusados têm feito é buscar agredir o acusador para tirar a credibilidade da acusação. Mas isso é criar uma espécie de teoria da conspiração", afirmou o procurador. Sistema jurídico Dallagnol esteve na noite de sábado na Primeira Igreja Batista de Campo Grande, no Rio, para dar uma palestra sobre a campanha "10 medidas contra a corrupção" para dois mil jovens. Trata-se de um pacote de ações para a apresentação de um projeto de lei de iniciativa popular ao Congresso Nacional visando aperfeiçoar o sistema jurídico e reprimir a corrupção. Após o evento, Dallagnol disse que o Ministério Público Federal está aguardando mais informações vindas da Suíça, que podem revelar fatos sobre o caso. "Existem muitas perspectivas novas. Investigações sendo desenvolvidas em relação a outros setores da Petrobras". Segundo ele, das 300 contas reveladas pelo procurador-geral suíço (suspeitas de terem sido usadas para pagamento de propinas), apenas 10% foram analisadas pela força-tarefa brasileira. |
Após pressão do PT, Cardozo decide deixar ministério Posted: 29 Feb 2016 05:23 AM PST O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, decidiu deixar o governo. Pressionado pelo PT após rumores de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria alvo de quebras de sigilos bancário, telefônico e fiscal no âmbito da Operação Lava Jato, Cardozo se sente injustiçado e resolveu entregar o cargo à presidente Dilma Rousseff. No sábado (27) Lula se queixou de estar sendo perseguido pela Polícia Federal e pelo Ministério Público ao participar da festa de 36 anos do PT. "Eu já fui prestar vários depoimentos. Recebi uma intimação de que, a partir de segunda-feira (29), vão quebrar meu sigilo bancário, telefônico, fiscal. O meu, da Marisa, do meu neto, se precisar até da minha netinha de um mês", disse o ex-presidente, sob aplausos. "Se esse for o preço que a gente tem que pagar para provar nossa inocência, que façam. A única coisa que quero é que, depois (…), me deem um atestado de idoneidade porque duvido que tenha alguém mais honesto que eu neste País." A amigos com quem conversou ontem, Cardozo não escondeu o seu aborrecimento com os ataques e afirmou que o PT não entende o seu papel quando critica a falta de controle sobre a Polícia Federal. O ministro argumenta que a corporação tem autonomia para fazer investigações e ele só pode atuar em caso de violação de direitos. No último dia 22, uma comissão de dez deputados federais do PT esteve no gabinete de Cardozo para fazer nova reclamação. Os parlamentares cobraram dele providências sobre as investigações relativas a Lula e pediram que a Polícia Federal centrasse fogo na apuração de denúncias contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Os petistas também disseram ao ministro ter certeza de que o objetivo da força-tarefa da Lava Jato era prender Lula e o criticaram até mesmo por tirar fotos com o "japonês da Federal", numa referência ao agente da PF Newton Ishii, que chegou a ser expulso da corporação em 2003 e foi reintegrado depois. Ishii se tornou conhecido por escoltar presos da Lava Jato. A prisão do marqueteiro João Santana, que fez campanhas de Dilma e Lula, também reforçou a pressão feita por setores do PT, com apoio do ex-presidente, para que Cardozo seja substituído. No ano passado, Cardozo chegou a comunicar a Dilma a intenção de deixar o cargo, mas atendeu a um apelo da presidente e permaneceu no ministério. Já na época ele era alvo de críticas do PT por causa da Operação Lava Jato. Cardozo é um dos mais próximos colaboradores da presidente desde a campanha de 2010. Ocupa o Ministério da Justiça desde o primeiro mandato de Dilma. A relação com Lula, porém, não é das melhores. Em reunião com deputados do PT e advogados no sábado, antes da festa de aniversário do PT, o ex-presidente voltou a se queixar do ministro. Mesmo sob ataque, Lula ainda é o nome que o PT conta para a eleição de 2018. O ex-presidente admitiu, no sábado, que, se necessário, será candidato para defender o seu legado e o PT. Sigilos O deputado Wadih Damous (PT-RJ), que se reuniu com Lula no sábado, confirmou que um dos temas da conversa foi a informação de que a Justiça determinaria a quebra dos sigilos bancários, fiscal e telefônico dele e de sua família. Questionado sobre a reação do ex-presidente à uma possível decisão judicial, Damous afirmou que "não há nenhum temor" em relação a isso. Ele afirmou que o partido não tem "conhecimento do teor" dessa eventual medida. "Vocês (imprensa) sabem mais do que muitos advogados de defesa (de réus da Operação Lava Jato)", disse. O deputado, que é ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio, sustentou que, se confirmada, a quebra de sigilo, "é um ato arbitrário, pois não é decorrente de indícios". Na noite de sábado, ao chegar para a festa, na zona portuária do Rio, Damous afirmou que Lula "está indignado com essa campanha sórdida, essa publicidade opressiva". De acordo com ele, Lula chegou a brincar com a situação "absurda". "Poxa, eu sou dono sem ser", afirmou o ex-presidente, ao reiterar que não é proprietário do apartamento tríplex no Guarujá e nem do sítio em Atibaia (SP), alvos de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público. |
You are subscribed to email updates from Iguatu Noticias. To stop receiving these emails, you may unsubscribe now. | Email delivery powered by Google |
Google Inc., 1600 Amphitheatre Parkway, Mountain View, CA 94043, United States |
Comentários