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Entrevista com o pré-candidato Professor Milton Teixeira - PSOL Posted: 26 Apr 2016 04:26 PM PDT Dando continuidade à série de entrevistas com os pré-candidatos a prefeitos nas eleições desse ano no município de Açailândia, esta semana entrevistamos o pré-candidato a prefeito pelo PSOL, professor Milton Teixeira, o mesmo foi o nosso segundo entrevistado. Confira: O que levou você a tomar essa decisão de se candidatar a prefeito novamente? – Desde que começamos a construir um projeto político, um projeto que começou com o PT lá atrás e depois vem com a minha vinda para o PSOL, a gente baseia que em Açailândia há uma necessidade de uma representação legitima, pensando no povo, que até então, as sucessivas administrações que tem passado pela prefeitura tem preocupado mais com seus familiares, com seus amigos e com os grupos políticos partidários, e quando isso acontece o povo paga um preço altíssimo, hoje nós temos uma saúde precaríssima, nós temos uma educação deficiente, nós temos uma agricultura familiar que não consegue avançar, por falta investimento no campo, porém Açailândia é uma cidade rica, mas o recurso que o município produz não é aplicado na cidade a favor da população, então ai a gente percebe que há uma necessidade de criar um caminho alternativo, e a nossa candidatura ela nasce nessa perspectiva, nasce como um caminho alternativo pensando do ponto de vista do coletivo e voltado para o bem do povo, isso significa dizer que nos cabe o desafio de mudar a história política de Açailândia, e a gente só vai mudar a história do município quando a gente realmente demonstrar efetivamente quais são os recursos e para isso exige uma transparência, nós queremos uma vez assumida a prefeitura, nós queremos demonstrar para o povo quanto é que chega, como que isso é aplicado, isso se faz com audiência pública, nós queremos demonstrar através de auditórias públicas fiscais nas contas do município, o que é que as administrações tem feito com o dinheiro e queremos sem sombra de dúvidas fazer com que o povo trabalhador, bom e ordeiro de Açailândia sejam respeitados a altura do que eles merecem. Você acha que a esquerda hoje em Açailândia tem ganhado força em virtude das últimas eleições municipais? – Veja bem, eu diria o seguinte, quando a gente fala nesse negócio de direita e esquerda a gente as vezes polariza de mais os problemas, eu participo de um partido de esquerda o PSOL, penso que o PSOL assumindo a prefeitura de Açailândia ele deva dialogar com as pessoas nos mais diversos partidos, por que tem muita gente boa que precisam contribuir para com a administração de Açailândia, por que tem experiência, por que acumulou conhecimento que vai ajudar na administração desse município. E aí quando a gente pensa em administração a gente pensa em valorizar essas pessoas, independentemente de que partido ela esteja, é lógico que o partido do PSOL com a sua história de partido de esquerda, vai principalmente dialogar com aqueles partidos que caminham de esquerda, mais a nossa maior preocupação não é por exemplo, polarizar as eleições aqui entre direita e esquerda, mais atrair para uma administração nova, as pessoas que tem comprometimento social, as pessoas que já estão engajada e que tenham qualidade técnica para atuar naquelas pastas, não dar para brincar o serviço público, colocando pessoas inexperientes, pessoas que não tenham capacitação técnica para atuar nesses quadros que a prefeitura tem, então a gente precisa avançar nisso, na última gestão, na gestão da prefeita cassada, nós tivemos um problema seríssimo e foi exatamente por falta de qualificação de seus secretariados, e também pela polarização política, ou seja só poderia está no governo quem fosse do partido da prefeita, nós queremos mudar isso de fato, o PSOL tem crescido muito nesses últimos anos em Açailândia, o resultado das nossas eleições quando disputamos a prefeitura nós obtivemos com custos baixíssimo, com uma campanha pé no chão, com uma campanha transparente e popular nós conseguimos gastar pouco e ampliamos muito o número de votos, o nosso acesso as mais variadas comunidades, conseguimos identificar dentro de um trabalho programado e planejado um diagnóstico e que pudesse produzir informações sobre os problemas de Açailândia, na saúde, na infraestrutura, na educação, no campo e com base nesse diagnóstico, é possível sim, nós construirmos um projeto dentro de uma realidade, dentro dos orçamentos do município e com capacidade técnica da gente assumir a prefeitura e fazer, eu costumo dizer que quando a gente fala a realidade, as vezes as pessoas tem dificuldades para compreender, os políticos que mais mentem e que pouco fundamento tem sobre o orçamento público, geralmente em Açailândia são os que se dão melhor politicamente, então nós temos que mudar esse quadro, e para mudar esse quadro nós temos que eleger pessoas que realmente conheça Açailândia, que tenha amor a essa cidade e se comprometa fundamentalmente com a sua população, que tem sofrido ao longo desses anos de administrações que já passaram por esse município. Você acha que aquela estabilidade política que houve em Açailândia no ano passo, influenciará no resultado das eleições desse ano? – Nós tínhamos a prefeita Gleide Santos na perspectiva do eleitorado do povo de Açailândia, na tentativa de rejeitar o grupo do Ildemar Gonçalves – PSDB, exatamente por que havia várias denúncias sobre muitas empresas de fachadas de laranjas, isso se comentou muito nas ruas a família toda beneficiada com a questão do nepotismo, enfim, era uma administração que estava mais preocupada com a família e com os amigos, então nesse contexto, a Gleide que tinha maiores recursos, tinha um maior número de partidos, entre eu e ela, o povo escolheu ela, então o povo estava dizendo eu quero mudança, infelizmente a mudança ela não houve e o PSOL já sabia disso, por que o PSOL já tinha colocado candidato e já tinha avaliado que a Gleide não teria condições de fazer isso, então ela assim que assumiu deveria ter feito uma audiência pública, uma auditória fiscal nas contas do município, ela não fez, ela deveria ter demonstrado qual situação ela pegou o município, e ela pecou nisso e o PSOL em 120 dias oficializou, colocou um ofício na prefeitura dizendo o que na visão do PSOL como era que deveria ser, por era assim que nós iriamos fazer, então ela não fez, pecou nisso, ela pecou no aspecto de ter batido de frente com o Ministério Público Estadual, com o Judiciário, nós sabemos que os poderes são independentes mais é preciso que haja harmonia e respeito entre esses poderes, ela pecou também em ter batido de frente com a câmara, a câmara é um poder que precisa ser respeitado, e com isso ela acabou criando todas essas condições, sem contar também os crimes que ela cometeu, improbidade administrativa, de ter usado maquinas públicas a serviço do benefício particular, então esse conjunto de coisas, a Gleide acabou gerando a sua própria crise politicamente falando, o que na realidade acabou favorecendo a sua cassação, a cassação dela eu diria que teve dois aspectos, teve o aspecto jurídico pelos crimes que ela cometeu e teve o aspecto político que exatamente o que um grupo de vereador se aproveitaram da situação, e digo para se dar bem, e acabaram mancomunado com o vice que já vinha também construindo toda uma situação para se dar bem e ele fez isso nas várias administrações anteriores, fez isso com o ex-prefeito cassado Deusdete Sampaio, fez isso também quando esteve junto com o ex-prefeito cassado Leonardo Queiroz, fez isso com a própria Gleide quando assumiu após a cassação do Leonardo, tentou fazer com o Ildemar e não conseguiu e finalmente faz com Gleide. Toda essa crise política que aconteceu em Açailândia, foi fruto de interesse particulares, atrelado com a questão de ordem de crimes praticados contra Gleide, então eu diria que ela perdeu a melhor oportunidade do mundo da vida dela do ponto de vista político, por que por exemplo, nós do PSOL éramos contra ela e contra também o candidato do PSDB, por que acreditávamos que tanto um grupo quanto outro, não mereciam mais administrar Açailândia, por vários erros que cometeram, mais o PSOL esperava que ela pudesse demonstrar, já que foi eleita que ela pudesse demonstrar e fazer uma administração a altura de Açailândia, nós desejamos mais nós não acreditávamos, mais infelizmente chegou aonde se deu, então nesse aspecto, a gente ver que essa crise tem dois lados, o lado jurídico e o lado político. Você acha esse ano seja possível o PSOL ganhar as eleições e assim assumir a prefeitura de Açailândia? – Eu costumo dizer que não é o meu projeto e sim, o nosso projeto, é um projeto que tem várias mãos, temos gente nos mais diversos setores principalmente nos movimentos sociais, em igrejas, em religiões de matriz africana, há em Açailândia todo um desejo de um momento novo, um momento novo em que Açailândia seja vista com o olhar que ela merece, então a gente vislumbra que essas eleições de 2016, ela será uma eleição estratégica e importante para se construir esse tempo novo, e é com base nesse desejo, que a gente vem desde que terminou as eleições passadas, que a gente vem visitando as comunidades, vem dialogando, ouvindo a comunidade, vem vendo o sofrimento da nossa comunidade e isso nos coloca numa posição muito favorável, o PSOL tem dialogado com diversos partidos, já tem quase dois anos que a gente vem dialogando, infelizmente alguns desses bons partidos que poderiam estar conosco, por nós não termos estrutura, não termos dinheiro para estrutura de campanha, acabam indo para o PSDB e para outros partidos que realmente tem dinheiro e isso de certa forma nos fragiliza, mais nós estamos consolidando um trabalho de formiguinha de conscientização popular, a gente tem visto que a própria população tem aberto a cabeça, nessas últimas eleições o número de jovens que irão votar certamente será muito maior do que na eleição passada, nós temos dialogado com diversos setores, setor cultural, setor da pessoa com deficiência, nós temos seu João Luís que é um representante muito significativo e que inclusive agora veio para o nosso partido, então a gente tem dialogado muito com os segmentos, o segmento do campo, segmento da educação, principalmente com alguns professores mais comprometidos. Então esse diálogo que a gente vem fazendo, está servindo de elemento para a gente pegar informações que ajudem na construção de um projeto político coletivo para Açailândia, isso nos anima e amplia a capacidade de disputa eleitoral e aí nesse aspecto a gente avalia que nós vamos disputar de igual para igual, até por que algumas modificações foram feitas, a chamada mini reforma política, ouve algumas alterações e essas alterações de certa forma nos ajuda, apesar que não é aquilo que a gente sempre sonhou que aconteceria, o ideal era que não houvesse o financiamento nem público e nem particular, cada candidato terá um teto "x" e esse teto é igual para todo mundo, e se restringiria em algumas questões nesse aspecto, da mesma forma também, um prejuízo que nós sofremos nessa mini reforma é que quando se diminui o tempo, o tempo de campanha que foi reduzido para 45 dias, nós não temos estrutura para fazer em 45 dias toda Açailândia, se você pegar Açailândia de uma ponta a outra, se eu pego do Assentamento Macaúba e vou até o Novo Oriente, nós vamos ter quase 150 quilômetros, então a dimensão é uma coisa muito grande, um espaço muito amplo para a gente dar conta de visitar todos os eleitores, dialogar com cada um deles, e estabelecer uma situação política a altura, enfim estabelecer uma atuação política a altura para ganhar, mais nós estamos no trecho ai e vamos para luta. Caso você seja eleito no dia 02 de outubro, qual será o seu primeiro projeto a ser implantado em Açailândia? – O primeiro projeto é uma auditoria fiscal das contas desses gestores, por exemplo, pegar os últimos 5 ou 10 anos e a gente fazer uma auditoria fiscal da situação do município, e ai nesse espaço de tempo vamos supor em 90 ou120 dias a gente puxar uma audiência pública para a gente cruzar essas informações, e dar ampla divulgação de qual é a situação real de Açailândia, e só a partir daí em diante, a gente ir consolidando um projeto atrás do outro, um projeto de educação, um projeto na área de saúde focada principalmente na área de saneamento básico, por que hoje quem olha para Açailândia e ver o tanto de farmácias que tem no município, percebe que o povo está doente, está doente exatamente em função da precariedade da saúde, então é necessário tomarmos medidas e eu diria até medidas radicais, no sentido da gente ofertar uma saúde de qualidade a população e isso exige dialogar com os outros municípios, que estão no entorno de Açailândia, para quem sabe a gente construir um hospital regional, isso tudo associado com a questão de pelo menos estabelecer duas redes de tratamento de esgoto, não daria para atender tudo, mais já seria um primeiro passo, há uma rede de esgoto com uma sub estão de tratamento, na área que compreende do supermercado Mateus que desbota lá no Córrego Esperança e uma outra aqui na rua Curitiba na vila Tancredo Neves que desbota também no Córrego Esperança, então a gente avalia que essas medidas poderia ser o primeiro passo para tirar Açailândia do déficit que tem quanto a questão do saneamento básico, Açailândia é uma das cidades que mais sofre com a questão do saneamento básico. Em relação a educação nós temos um problema seríssimo, nós temos por exemplo, dentro da educação nós temos deficiência no processo de alfabetização, principalmente de jovens e adultos, é preciso saber incluir dentro de Açailândia dentro de um programa que visualize a melhoria da qualidade de vida da população, com a questão da alfabetização de jovens e adultos e para isso temos como meta, fazer um convênio exatamente com uma instituição de Cuba, através de um programa chamado "Sim Eu Posso", programa que na Venezuela há 6 anos atrás, alfabetizou quase 4 milhões de pessoas no espaço de tempo de 10 meses. Então Açailândia precisa abraçar isso, eu diria quase 85% das pessoas que se inserem no trabalho escravo é fruto do analfabetismo, é fruto da falta de qualificação profissional dentro do setor urbano e na educação também tem uma questão muito central dentro de nosso projeto, as cidades que evoluíram no ponto de vista de conhecimento, investiram muito na questão da ciência e da tecnologia, então em Açailândia já está em déficit e em debito com a população, nós temos por exemplo o SENAI, já deveríamos ter em Açailândia uma Universidade na área de engenharia eletrônica, engenharia mecânica, pela posição geográfica de Açailândia já era para termos um curso de agronomia, quer dizer esses cursos que são excelentes cursos para se acessar o mercado de trabalho, eles já poderiam estar acontecendo no município, mais infelizmente a mente muito diminuta, muito pequena de nossos administradores acabou impedindo que avançássemos nesses aspectos, por exemplo Imperatriz já passa ser uma referência nesse campo, por isso atrai muita gente e cada vez mais Imperatriz cresce, em número de população e também em qualidade de vida, quanto maior for a capacidade nossa de investir na educação, mais qualidade de vida terá a população, então o carro chefe do nosso projeto é "educação, saúde e saneamento básico atrelado a questão do campo". Nós hoje temos uma cesta básica que é mais cara do que em Imperatriz, por que nós temos um terreno fértil, temos bons trabalhadores, mais não temos condições de trabalho para esse povo produzir, e aí a cesta básica principalmente das pessoas mais pobres e oprimidas acabam sendo inviabilizadas, então precisamos investir mais, Açailândia como tem um grande número de Assentamentos rurais já era pra ter uma mini "ceasa" aqui para absorver todos esses produtos e aqui comercializarmos todos eles, então o campo também é estratégico pra gente. Qual a avaliação que você faz da atual administração? Veja bem, até então o que a gente percebe é que há uma maquiagem nos serviços públicos na atual administração, posso dar como exemplo, se você, eu, ou qualquer outro cidadão for até o conjunto João Paulo II, próximo à Vila Ildemar, nós iremos ver que o Estado bancou um asfalto e o asfalto que era para ser colocado naquela comunidade, acabou só melando as ruas, quer dizer, acho que tem menos de dois meses que foi posto o asfalto, mas você pode ver a espessura do asfalto que é muito fina nos buracos já existem ali, significa dizer que 40% do asfalto não foi aplicado ali, e o restante deve ter aproveitado para melar outras ruas, é necessário por exemplo, seriedade com o serviço público, quer dizer o atual gestor está se utilizando disso para fazer uma campanha previa, eu acho que tá de parabéns aquele início, o problema não é só agora, outra coisa também é a questão da UPA, a UPA é um passo significativo, a obra passou muito tempo ali parada, os vereadores já deveriam ter apresentado por que e como ela não se avançou, o quê que foi gasto, se prestaram conta ou não, como é que tá, mais a gente avalia que ali tem duas etapas, a primeira etapa agora que é a construção do prédio, é uma questão básica e importante, mais o mais importante é o seu funcionamento, por que quando ela entrar em funcionamento e se entrar em funcionamento, deverá ter médicos suficientes para atender a população, será uma obra muito significativa por que vai desafogar o hospital municipal, e isso vai dar condições de melhorar um pouco a qualidade de vida da população de Açailândia. Então o que a gente percebe, eu particularmente percebo na atual administração é que o prefeito Juscelino está administrando mais para os vereadores, com aqueles que se comprometeram com a cassação da ex-prefeita, e digo isso por que, por exemplo se fizermos um levantamento hoje do número de servidores que são contratados por esses vereadores é um número absurdo, daria para fazer um novo concurso público, então ao invés do prefeito tratar da questão do concurso acabou que atendendo os seus aliados, e quem paga esse preço é a população de Açailândia, vou dar um exemplo concreto aqui, a escola que eu trabalho que é do estado, nós temos 6 salas de aula, só tem 2 zeladoras, se você for na escola Municipal Monteiro Lobato no bairro do Jacu, o número de salas de aulas é muito menor do que o nosso e tem em torno de 10 zeladoras, significa dizer o que, que tem gente que tá sobrando, mais não pode sair por quem indicou foi o vereador A, B, C e D, então hoje a administração de Açailândia está voltada para uma campanha previa de disputa as eleições 2016 e não para na população, então os avanços que eu vejo são poucos e não são significativos à altura do que a população merece, além disse é importante também considerar também que nós estamos num momento de crise tanto política como econômica, e isso é um outro elemento que dificulta a gestão do Juscelino ou de qualquer outro administrador que tivesse ali, por que eu creio que ele se filiou ao partido do governador, ao PCdoB, esperando que o governador colocasse obras aqui, mas como há uma crise nacional e o governo federal não coloca obras no estado, e quando coloca é um número muito pequeno, então é lógico que o município também acaba sofrendo por conta dessa situação. Professor e essa questão da aprovação do Impeachment na câmara, você acha que vai influenciar no resultado das eleições desse ano? Sim, vai influenciar e em Açailândia também influenciará, a avaliação que eu faço do resultado que se teve ontem no congresso nacional, mais especifico na câmara dos deputados, é uma imoralidade, por que eu estou dizendo que é uma imoralidade, por que quase todos os deputados que votaram sim ao Impeachment, usaram "Deus", usaram a "família", usaram o povo brasileiro para dizer que estavam dizendo sim, quando a gente sabe que o problema no Congresso não é um problema Judicial e sim um problema político, eu não estou aqui para defender a Dilma e também não faria essa defesa, mais o que eu defendo enquanto militante do PSOL, é que nós vamos tirar a Dilma e vamos colocar quem? O Eduardo Cunha? O Michel Temer? Que também tem processos seríssimos, a Dilma está sendo condenada pela câmara de Deputados sem haver o devido processo, os elementos que estão sendo postos e que os deputados dizem que incorreu no crime de responsabilidade no ponto de vista de alguns juristas ele não são suficientes, quer dizer tudo isso levou ao Impeachment, é necessário que juntem provas, uma série de questões passo a passo até chegar ao Impeachment, o que a Dilma fez o FHC fez, e por que não se cassou o FHC? Isso chama pedaladas fiscais, Lula fez e todos os presidentes que passaram pelo país fizeram, o povo precisa entender que a Dilma não pegou o dinheiro das pedaladas fiscais e colocou no bolso, mas quando a mídia coloca, coloca como se ela tivesse roubado o dinheiro público, as pedaladas ficais é na realidade o uso de um dinheiro para cobrir uma outra atividade, para depois esse dinheiro voltar para a outra parte, é como por exemplo o dinheiro da saúde e fosse utilizar na educação, eu particularmente não faria isso, mas ela fez e foi exatamente o pretexto que o PSDB, o PMDB a extrema direita os grupos da elite econômica que também estão envolvidos no processo de corrupção, se utilizaram para dar o golpe, e o golpe exatamente no povo, por que como o povo não tem uma mídia que esclareça exatamente o que está acontecendo, nós temos uma mídia que na grande maioria é tendenciosa, em Açailândia também não é diferente nesse aspecto, e a gente ver quando ler o jornal como alguns comunicadores se posicionam politicamente, a mídia ela não é imparcial e nunca foi, diante desse quadro ontem feito, não foi um julgamento jurídico, foi um julgamento político, os deputados tinham interesses e alguns até que estão envolvidos na corrupção, essa crise política a qual está passando o país, eu entendo que deveria ser o momento de se passar a limpo a política brasileira, a Dilma ela tem prejudicado muito os trabalhadores com o ajuste fiscal, algumas reformas que ela tem feito tem prejudicado a nós trabalhadores, então eu não teria nenhum algum argumento, e não teria nenhum fundamento para fazer a defesa dela, mas olhando pelo ponto de vista da justiça, sendo justo, se ela for cassada agora pelo senado, que fosse cassado também o Eduardo Cunha, o próprio presidente do Senado que por sinal abriu mão, renunciou para não ser cassado, por vários elementos gravíssimos de corrupção, então hoje o parlamento de nosso país está podre, o executivo, ou seja, o prefeito, o governador, o presidente da república só metem a mão no dinheiro público por que tem quem os ajude, e quem tá ajudando é o parlamento, por que o parlamento tem que cumprir o seu papel que seria evitar que houvesse a corrupção, um exemplo, nós temos mais de 200 pessoas no Congresso Nacional e no Senado citado em crimes comprovados e onde é que estão estas pessoas, estão lá no Congresso Nacional recebendo seus salários altíssimos e ainda pousando de moralidade, então eu vejo que o momento seria para passar a limpo, se nós formos pegar todas as práticas de corrupção, buscar dados na legislação, com provas materiais, com a questão da ampla defesa que é um direito, é um princípio da própria constituição e cassar todo mundo do PT, do PSDB, do PMDB, do PP e de todos os partidos envolvidos, e ai sim o povo brasileiro daqui para a frente começaria uma nova história, o cara pensaria 2 vezes antes de meter a mão no dinheiro público, mais enquanto houver um parlamento corrupto como nós temos na sua grande maioria, com raríssimas exceções, o povo vai continuar pagando alto preço. O que te diferencia dos demais candidatos? Muita coisa, eu duvido que alguém vá buscar em todo o meu histórico de vida, coisa que desapunha a minha conduta, e esse é um elemento para mim primordial, nenhum dos outros pré-candidatos, eu tenho 25 anos engajado nos movimentos sociais, defendendo os trabalhadores, defendendo os direitos, principalmente na questão sindical, não nenhum outro pré-candidato que tenha feito isso, um pré-candidato que dialoga com todos os setores, inclusive com o setor empresarial, a gente tem mais gente que dialoga com o setor empresarial e menos com os trabalhadores e esse é um grande diferencial, isso é fundamental em uma gestão pública, não dar pra gente fortalecer os trabalhadores e abandonar a classe empresarial, é necessário que a gente no ponto de vista da legislação e do bem comum, que a gente consiga trabalhar atendendo a demanda de um segmento tanto de um como de outro, então os principais de alguns outros que a gente poderia apontar acha que seriam esses. Quem é o professor Milton Teixeira? Rapaz eu não gosto muito de fazer isso, acho por exemplo é a gente se alto promover, eu sou um sujeito que eu considero que me relaciono bem com todo mundo, tenho boas relações sociais, sou um eterno estudante, gosto de conhecer as coisas, gosto de pesquisar, tenho compromisso de vida e morte com a causa social, sou um cara que não me preocupo muito com essa coisa do ponto de vista econômico, o que eu tenho hoje é suficiente para eu sobreviver com qualidade de vida, inclusive até para atender as necessidades da minha família, sou um aprendiz, tive bons professores, como Carmem Bascaran, uma das maiores professoras que tive, a Edna que hoje é Conselheira Tutelar que foi do PT também, foi uma grande professora minha, a Querubina que é dos movimentos das quebradeiras de coco, Vila Nova lá de Buriticupu, Manoel da Conceição, uma grande liderança, essas pessoas que tem uma história muito bonita de vez em quando estou lá bebendo na fonte dessas pessoas, enfim, eu sou isso, continuo estudando, não tenho pretensão de parar, sou amador das artes e da cultura, já publiquei um livro de poesias, um outro livro de documentário, gosto da pintura, já pintei alguns quadros, já fiz exposições em outros estados, pouca gente conhece isso, mais eu sou um pouquinho disso, eu gosto do mundo das artes, na educação sou apaixonado, não tenho projeto nenhum para abandonar a educação, a minha profissão, eu diria a minha vocação no mundo da educação, ontem mesmo nós realizamos um intercâmbio cultural em uma aldeia indígena lá no Estado do Tocantins com uma turma de alunos, isso é algo que mim move muito, eu um cara que gosta muito da preservação ambiental, meu próximo projeto será nesse aspecto, de demonstrar que é possível a gente comer coisa orgânica, que é possível a gente reciclar, que a gente pode ter um mundo melhor e eu sonho sempre, sou um grande sonhador que a gente possa de maneira coletiva construir um mundo melhor, mais justo, um mundo humano, um mundo capaz de ser aquele mundo que Deus projetou pra gente, esse ai é um pouquinho de mim. Considerações finais: Espero essa entrevista ajude ao povo açailandense a fazer uma grande reflexão, e conhecer melhor os projetos do PSOL, e não só do PSOL, mais das pessoas, do açailandense, o que o PSOL pensa não é do ponto de vista partidário, é muito mais do ponto de vista popular, quero agradecer imensamente essa oportunidade de estar sendo entrevistado pro por ti, muito obrigado. |
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