Funceme atesta que a ação do homem sobre o meio ambiente, a antropia, provocou desequilíbrio ecológico no Interior
Fortaleza A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) concluiu a primeira fase do Zoneamento Agroecológico do Ceará, que compreende a mesorregião sul cearense, envolvendo os municípios de Abaiara, Altaneira, Araripe, Assaré, Aurora, Barbalha, Barro, Brejo Santo, Campos Sales, Caririaçu, Crato, Farias Brito, Granjeiro, Jardim, Jati, Juazeiro do Norte, Mauriti, Milagres, Missão Velha, Nova Olinda, Penaforte, Porteiras, Potengi, Salitre e Santana do Cariri. Na última semana de outubro, a revisão final do produto foi concluída e até dezembro será lançada a publicação.
O estudo teve o apoio financeiro do Banco do Nordeste do Brasil e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), por meio do Projeto de Cooperação Técnica BRA/IICA/03/008, tendo como principal interessado a Secretaria das Cidades do Estado.
O trabalho apresentado é constituído pela análise e integração dos dados geoambientais, o que caracteriza e espacializa os ambientes de acordo com a função da diversidade dos recursos naturais e agrosocioeconômicos. No estudo, o recurso solo foi privilegiado na determinação das potencialidades e limitações para uso agrícola. Foram identificadas seis unidades de paisagens e 29 unidades geoambientais.
A pesquisa concluiu que, na região estudada, a vegetação de um modo geral encontra-se bastante alterada em vista da ação antrópica. Em certas áreas, já não se encontram vestígios importantes da mata primitiva, a não ser remanescentes esparsos e muito reduzidos, disto resultando verdadeiro desequilíbrio ecológico, acelerando a erosão dos solos e o assoreamento de rios e reservatórios de água.
Os solos apresentam uma grande diversidade de associações na área estudada. Em zonas de chapada ocorre uma menor variabilidade, em razão de uma maior homogeneidade dos processos e fatores pedogenéticos, combinados com uma condição climática mais úmida.
Em termos de potencialidades e limitações é possível destacar como de maior potencialidade agrícola os tipos de solos Latossolos, Argissolos, Nitossolos e Neossolos Flúvicos. Tais áreas apresentam bons atributos físicos e as suas limitações são quase sempre de fertilidade natural e acidez (exceto os Neossolos Flúvicos), que podem ser facilmente solucionadas com o uso de adubação e calagem.
Segundo a Funceme, vale destacar que esses solos são cultivados na região, praticamente, sem o uso de técnicas conservacionistas, situação que se agrava com as ações antrópicas que envolvem desmatamentos desordenados, manejo inadequado dos recursos hídricos e dos solos, aceleração dos processos erosivos, queimadas indiscriminadas, dentre outros. Em síntese, os solos da área têm potencialidades e limitações que refletem na aptidão agrícola e suas correções e manejo dependem fortemente da natureza dos mesmos. Através desse estudo as características de cada tipo de solo passam a ser melhor conhecidas, permitindo, assim, a adoção de um manejo, realmente, adequado.
Segundo Margareth Carvalho, gerente do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Funceme, o zoneamento abrange uma área de grande importância do ponto de vista agrícola no contexto do Estado.
"É bastante relevante os estudos ora realizados na mesorregião sul cearense, sobretudo pela capacidade técnica de direcionar a exploração dos recursos naturais de uma maneira conservacionista. Estas ferramentas podem ser consideradas um instrumento fundamental para subsidiar ações que visem melhorar o planejamento do setor primário da economia, pois orienta, de forma mais eficiente, a ocupação e uso das terras, permitindo uma convivência mais harmônica do homem com a natureza, levando em conta a sustentabilidade ambiental, econômica, social e tecnológica, permitindo, ainda, avaliar melhor o valor da terra", avalia ela.
PESQUISA DE CAMPO
Meta é ampliar o estudo
Fortaleza Em continuidade ao Zoneamento Agroecológico do Ceará, os técnicos da Funceme já estão mapeando os solos e analisando as informações geoambientais da área representada pelas Folhas Sistemáticas de Quixeramobim, Jaguaretama e Senador Pompeu. O planejamento da instituição é, até maio de 2010, mapear, ainda, as Folhas Orós e Iguatu.
Conforme a disponibilidade de recursos, a intenção é avançar a pesquisa e completar o Zoneamento Agroecológico de todo o Estado.
Cartografia
Os mapas temáticos envolvendo a base cartográfica, a compartimentação geoambiental, o Uso e Ocupação do Solo, a classe de terra para irrigação e os solos foram elaborados numa escala compatível aos objetivos do estudo (1:100.000). Foram fornecidas as informações necessárias, básicas para o zoneamento, referentes às características e distribuição geográfica das classes de solos que constituem a área.
Nesta fase, a Funceme contou com a colaboração da Embrapa Solos (UEP Recife), ligada ao Centro Nacional de Pesquisa de Solos - Unidade de Execução de Pesquisa e Desenvolvimento. Complementando os estudos foi realizado, ainda, um Diagnóstico da Qualidade Ambiental da Região do Araripe, Cariri e entorno em convênio com a Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC).
MAIS INFORMAÇÕES
Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme)
Av. Rui Barbosa, 1246, Aldeota
(85) 3101.1088
Fonte: Diário do Nordeste
Fortaleza A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) concluiu a primeira fase do Zoneamento Agroecológico do Ceará, que compreende a mesorregião sul cearense, envolvendo os municípios de Abaiara, Altaneira, Araripe, Assaré, Aurora, Barbalha, Barro, Brejo Santo, Campos Sales, Caririaçu, Crato, Farias Brito, Granjeiro, Jardim, Jati, Juazeiro do Norte, Mauriti, Milagres, Missão Velha, Nova Olinda, Penaforte, Porteiras, Potengi, Salitre e Santana do Cariri. Na última semana de outubro, a revisão final do produto foi concluída e até dezembro será lançada a publicação.
O estudo teve o apoio financeiro do Banco do Nordeste do Brasil e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), por meio do Projeto de Cooperação Técnica BRA/IICA/03/008, tendo como principal interessado a Secretaria das Cidades do Estado.
O trabalho apresentado é constituído pela análise e integração dos dados geoambientais, o que caracteriza e espacializa os ambientes de acordo com a função da diversidade dos recursos naturais e agrosocioeconômicos. No estudo, o recurso solo foi privilegiado na determinação das potencialidades e limitações para uso agrícola. Foram identificadas seis unidades de paisagens e 29 unidades geoambientais.
A pesquisa concluiu que, na região estudada, a vegetação de um modo geral encontra-se bastante alterada em vista da ação antrópica. Em certas áreas, já não se encontram vestígios importantes da mata primitiva, a não ser remanescentes esparsos e muito reduzidos, disto resultando verdadeiro desequilíbrio ecológico, acelerando a erosão dos solos e o assoreamento de rios e reservatórios de água.
Os solos apresentam uma grande diversidade de associações na área estudada. Em zonas de chapada ocorre uma menor variabilidade, em razão de uma maior homogeneidade dos processos e fatores pedogenéticos, combinados com uma condição climática mais úmida.
Em termos de potencialidades e limitações é possível destacar como de maior potencialidade agrícola os tipos de solos Latossolos, Argissolos, Nitossolos e Neossolos Flúvicos. Tais áreas apresentam bons atributos físicos e as suas limitações são quase sempre de fertilidade natural e acidez (exceto os Neossolos Flúvicos), que podem ser facilmente solucionadas com o uso de adubação e calagem.
Segundo a Funceme, vale destacar que esses solos são cultivados na região, praticamente, sem o uso de técnicas conservacionistas, situação que se agrava com as ações antrópicas que envolvem desmatamentos desordenados, manejo inadequado dos recursos hídricos e dos solos, aceleração dos processos erosivos, queimadas indiscriminadas, dentre outros. Em síntese, os solos da área têm potencialidades e limitações que refletem na aptidão agrícola e suas correções e manejo dependem fortemente da natureza dos mesmos. Através desse estudo as características de cada tipo de solo passam a ser melhor conhecidas, permitindo, assim, a adoção de um manejo, realmente, adequado.
Segundo Margareth Carvalho, gerente do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Funceme, o zoneamento abrange uma área de grande importância do ponto de vista agrícola no contexto do Estado.
"É bastante relevante os estudos ora realizados na mesorregião sul cearense, sobretudo pela capacidade técnica de direcionar a exploração dos recursos naturais de uma maneira conservacionista. Estas ferramentas podem ser consideradas um instrumento fundamental para subsidiar ações que visem melhorar o planejamento do setor primário da economia, pois orienta, de forma mais eficiente, a ocupação e uso das terras, permitindo uma convivência mais harmônica do homem com a natureza, levando em conta a sustentabilidade ambiental, econômica, social e tecnológica, permitindo, ainda, avaliar melhor o valor da terra", avalia ela.
PESQUISA DE CAMPO
Meta é ampliar o estudo
Fortaleza Em continuidade ao Zoneamento Agroecológico do Ceará, os técnicos da Funceme já estão mapeando os solos e analisando as informações geoambientais da área representada pelas Folhas Sistemáticas de Quixeramobim, Jaguaretama e Senador Pompeu. O planejamento da instituição é, até maio de 2010, mapear, ainda, as Folhas Orós e Iguatu.
Conforme a disponibilidade de recursos, a intenção é avançar a pesquisa e completar o Zoneamento Agroecológico de todo o Estado.
Cartografia
Os mapas temáticos envolvendo a base cartográfica, a compartimentação geoambiental, o Uso e Ocupação do Solo, a classe de terra para irrigação e os solos foram elaborados numa escala compatível aos objetivos do estudo (1:100.000). Foram fornecidas as informações necessárias, básicas para o zoneamento, referentes às características e distribuição geográfica das classes de solos que constituem a área.
Nesta fase, a Funceme contou com a colaboração da Embrapa Solos (UEP Recife), ligada ao Centro Nacional de Pesquisa de Solos - Unidade de Execução de Pesquisa e Desenvolvimento. Complementando os estudos foi realizado, ainda, um Diagnóstico da Qualidade Ambiental da Região do Araripe, Cariri e entorno em convênio com a Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC).
MAIS INFORMAÇÕES
Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme)
Av. Rui Barbosa, 1246, Aldeota
(85) 3101.1088
Fonte: Diário do Nordeste
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