Do G1, com agências internacionais
Forças de segurança leais ao ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, dispararam contra manifestantes em vários bairros da capital do país, Trípoli, segundo testemunhas ouvidas pela Reuters e pela France Presse nesta sexta-feira (25).
Os confrontos ocorreram após as tradicionais orações de sexta-feira dos muçulmanos. Um deles ocorreu no distrito de Janzour, na periferia da capital. Pelo menos cinco pessoas morreram, segundo um morador ouvido pela Reuters.
A TV Al Jazeera afirma que pelo menos duas pessoas morreram e várias ficaram feridas nos confrontos.
Também há protestos no distrito de Fashloom, no leste.
Os rebeldes antigoverno mantinham nesta o controle sobre o leste da Líbia, por intermédio de "conselhos populares", e o regime de Kadhafi tentava evitar que o movimento controlasse também o oeste do país, e para a capita.
Ao mesmo tempo, dezenas de milhares de líbios e estrangeiros fugiam do país por terra, mar e ar.
O Conselho de Segurança da ONU se reunirá durante o dia em Nova York para discutir medidas de pressão sobre Kadhafi, que ignora os apelos para dar fim à brutal repressão dos protestos que, desde 15 de fevereiro, exigem sua renúncia. A União Europeia também analisa sanções.
Segundo o jornal líbio "Quryna", 23 pessoas morreram e pelo menos 44 ficaram feridas no ataque das forças de segurança contra a cidade de Zawiya, próxima a Trípoli, que tem a maior refinaria de petróleo do país.
Mas as forças leais ao líder não teriam conseguido entrar na cidade, disseram testemunhas nesta sexta-feira.
"Há controles do Exército e da polícia ao redor de Zawiya, mas nenhuma presença deles dentro da cidade. Somente vi alguns civis desarmados", disse Said Mustafa, que cruzou a cidade nesta sexta-feira, a caminho da fronteira com a Tunísia.
O número total de vítimas é incerto. Balanço do governo fala em 300 mortes, mas outras fontes falam em até 3 mil mortos na repressão aos protestos.
Na quinta-feira, a oposição já controlava localidades importantes no leste, inclusive Benghazi, segunda maior cidade do país, e havia relatos de que Misrata e Zuara, no oeste, também se haviam rendido à onda de rebelião, que já ameaça a base de poder do ditador e que mergulhou o país no caos.
Muitos países, inclusive o Brasil, intensificaram as operações de retirada de seus cidadãos da Líbia, em um verdadeiro êxodo.
Desde segunda-feira, pelo menos 30 mil tunisianos e egípicios retornaram por via terrestre a seus países, informou na quinta-feira a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
A Itália prepara uma "operação militar" para resgatar cidadãos italianos presos no sudeste da Líbia, onde começam a faltar alimentos, informou nesta sexta o ministro da Defesa, Ignazio La Russa.
A ONU teme um colapso na rede de distribuição de alimentos, uma vez que a Líbia importa praticamente toda a comida que consome.
Veja ao lado fotos históricas de Kadhafi
Isolamento e deserções
O regime de Kadhafi enfrenta um isolamento cada vez maior, com críticas dos Estados Unidos, da União Europeia e dos vizinhos árabes, além de diplomatas, autoridades líbias que renunciaram aos cargos para aderir à revolução. Líderes tribais e religiosos também.
O embaixador da Líbia na França e outro diplomata líbio renunciaram nesta sexta, disse uma autoridade líbia que não quis se identificar. Segundo a autoridade, o representante da Líbia na França, Mohamed Salaheddine Zarem, e o embaixador na Unesco, Abdoulsalam El Qallali, se demitiram.
O procurador-geral da Líbia, Adbel Rahman al Abar, também renunciou a seu cargo em protesto contra o "massacre", segundo comunicado que foi ao ar na rede privada Al Arabiya.
Kadhaf al-Dam, assessor e primo do ditador, renunciou na quinta-feira a todos os seus cargos, informou a agência de notícia egípcia MENA.
Segundo o gabinete de Kadhaf, o primo do ditador, que abandonou o país na semana passada, era responsável pelas relações Egito-Líbia, entre outras funções, e possui uma residência no Cairo.
Ao apresentar a demissão, ele pediu o "fim do banho de sangue e o retorno da razão para preservar a unidade e o futuro da Líbia", segundo a agência MENA.
O Exército e a polícia da cidade de Adjabiya, no leste, se uniram à oposição, segundo o capitão Hafiz Abdul-Rahim, que falou na rede Al Jazeera. O coronel Shuaib Ibrahim al-Akouki confirmou a informação.
Forças de segurança leais ao ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, dispararam contra manifestantes em vários bairros da capital do país, Trípoli, segundo testemunhas ouvidas pela Reuters e pela France Presse nesta sexta-feira (25).
Os confrontos ocorreram após as tradicionais orações de sexta-feira dos muçulmanos. Um deles ocorreu no distrito de Janzour, na periferia da capital. Pelo menos cinco pessoas morreram, segundo um morador ouvido pela Reuters.
A TV Al Jazeera afirma que pelo menos duas pessoas morreram e várias ficaram feridas nos confrontos.
Também há protestos no distrito de Fashloom, no leste.
Os rebeldes antigoverno mantinham nesta o controle sobre o leste da Líbia, por intermédio de "conselhos populares", e o regime de Kadhafi tentava evitar que o movimento controlasse também o oeste do país, e para a capita.
Ao mesmo tempo, dezenas de milhares de líbios e estrangeiros fugiam do país por terra, mar e ar.
O Conselho de Segurança da ONU se reunirá durante o dia em Nova York para discutir medidas de pressão sobre Kadhafi, que ignora os apelos para dar fim à brutal repressão dos protestos que, desde 15 de fevereiro, exigem sua renúncia. A União Europeia também analisa sanções.
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O ditador de 68 anos, no poder desde 1969, acusou na quinta-feira os manifestantes de terem vínculos com a rede terrorista da al-Qaeda e de agir sob o efeito de drogas.Segundo o jornal líbio "Quryna", 23 pessoas morreram e pelo menos 44 ficaram feridas no ataque das forças de segurança contra a cidade de Zawiya, próxima a Trípoli, que tem a maior refinaria de petróleo do país.
Mas as forças leais ao líder não teriam conseguido entrar na cidade, disseram testemunhas nesta sexta-feira.
O número total de vítimas é incerto. Balanço do governo fala em 300 mortes, mas outras fontes falam em até 3 mil mortos na repressão aos protestos.
Na quinta-feira, a oposição já controlava localidades importantes no leste, inclusive Benghazi, segunda maior cidade do país, e havia relatos de que Misrata e Zuara, no oeste, também se haviam rendido à onda de rebelião, que já ameaça a base de poder do ditador e que mergulhou o país no caos.
Muitos países, inclusive o Brasil, intensificaram as operações de retirada de seus cidadãos da Líbia, em um verdadeiro êxodo.
Desde segunda-feira, pelo menos 30 mil tunisianos e egípicios retornaram por via terrestre a seus países, informou na quinta-feira a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
A Itália prepara uma "operação militar" para resgatar cidadãos italianos presos no sudeste da Líbia, onde começam a faltar alimentos, informou nesta sexta o ministro da Defesa, Ignazio La Russa.
A ONU teme um colapso na rede de distribuição de alimentos, uma vez que a Líbia importa praticamente toda a comida que consome.
Isolamento e deserções
O regime de Kadhafi enfrenta um isolamento cada vez maior, com críticas dos Estados Unidos, da União Europeia e dos vizinhos árabes, além de diplomatas, autoridades líbias que renunciaram aos cargos para aderir à revolução. Líderes tribais e religiosos também.
O embaixador da Líbia na França e outro diplomata líbio renunciaram nesta sexta, disse uma autoridade líbia que não quis se identificar. Segundo a autoridade, o representante da Líbia na França, Mohamed Salaheddine Zarem, e o embaixador na Unesco, Abdoulsalam El Qallali, se demitiram.
O procurador-geral da Líbia, Adbel Rahman al Abar, também renunciou a seu cargo em protesto contra o "massacre", segundo comunicado que foi ao ar na rede privada Al Arabiya.
Kadhaf al-Dam, assessor e primo do ditador, renunciou na quinta-feira a todos os seus cargos, informou a agência de notícia egípcia MENA.
Segundo o gabinete de Kadhaf, o primo do ditador, que abandonou o país na semana passada, era responsável pelas relações Egito-Líbia, entre outras funções, e possui uma residência no Cairo.
Ao apresentar a demissão, ele pediu o "fim do banho de sangue e o retorno da razão para preservar a unidade e o futuro da Líbia", segundo a agência MENA.
O Exército e a polícia da cidade de Adjabiya, no leste, se uniram à oposição, segundo o capitão Hafiz Abdul-Rahim, que falou na rede Al Jazeera. O coronel Shuaib Ibrahim al-Akouki confirmou a informação.
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