Que TVs têm os direitos de transmissão da Copa 2014 e Olimpíadas 2016

Governo pode reduzir exclusividade das TVs na Copa 2014

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Embora tenha que ceder às inúmeras exigências da Fifa para que o Brasil possa abrigar a Copa-2014, o governo federal tenta abrir uma brecha para flexibilizar o monopólio da organização sobre os direitos de transmissão das imagens do Mundial.

O maior impasse é convencer a Fifa a aceitar um artigo que permite às emissoras de TV que não compraram os direitos de transmissão veicular 30 segundos de eventos relacionados à Copa e 3% do tempo de cada partida.

A Lei Geral da Copa será enviada ao Congresso assim que esse ponto for resolvido. Na prática, a brecha reduz a exclusividade da distribuição de imagens dos jogos e eventos ligados ao torneio.

Pela proposta, essas emissoras poderiam usar o chamado "flagrante de imagem", cenas dos jogos destinadas a programas de exclusivo cunho jornalístico. Essa regra, segundo o texto defendido pelo governo, só valeria para empresas brasileiras.

Os lances seriam capturados e disponibilizados pela própria Fifa até duas horas depois das partidas.

A Folha apurou que o Comitê Organizador Local é contra essa flexibilização. A razão segue a lógica comercial: quem paga pelos direitos de transmissão deve ser o único dono das imagens.

A Globo, tradicional parceira da CBF, já comprou os direitos de 2014, mas ainda não negociou com outras emissoras o sublicenciamento --permissão para transmitir os jogos por meio de autorização da dona dos direitos.

A reportagem apurou que a Band deve fechar parceria, como ocorre no Brasileiro.

A proposta do governo de flexibilizar a transmissão da Copa coincide com a batalha entre Globo e Record pela exclusividade do Brasileiro.

A estratégia da Record é usar as transmissões esportivas para fazer frente ao poder da Globo. Além da disputa pelo Nacional, a emissora já comprou os direitos de Londres-2012 e monta uma tropa de choque no Congresso para ter espaço na Copa-2014.

A disposição do governo de tornar menos rígida a regra de transmissão é mais tolerante que em outras Copas.

Segundo executivos da Record, em outras edições, a empresa só podia passar os gols do evento --e em um período de 24 horas a partir do momento da entrega da fita.

A medida é comemorada pelas emissoras que não transmitirão as partidas.

Segundo a medida provisória, a liberação de imagens na Copa não será mais feita pela Globo, como ocorreu antes. A Fifa será responsável por, em até duas horas após os jogos, disponibilizar, no mínimo, seis minutos de conteúdo para que as retransmissoras possam usá-los nos limites de tempo previstos.


Folha online

 

 

Olímpiadas de 2016

Chegou ao fim a briga das emissoras de TV aberta do Brasil pela aquisição dos diretos de transmissão das Olímpiadas de 2016.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu que a regra da exclusividade não valerá mais para as emissoras de TV aberta.
O comunicado oficial da nova decisão do Comitê Olímpico foi enviado à imprensa nesta quarta-feira, 26.
Com essa nova regra do COI, a TV Globo, Record e Bandeirantes - interessadas nos direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos - poderão transmitir as Olímpiadas.
A determinação do Comitê, entretanto, vale apenas para as transmissões na TV aberta.
Já na TV por assinatura, rádio, internet e mídias móveis, os direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos de 2016 pertencem, com exclusividade, à Rede Globo e a Bandeirantes.
As emissoras podem optar pelo repasse do direito de exibição ou pela transmissão das provas olímpicas em seus diferentes veículos.
Mesmo sem ter a sua sede definida - a disputa pela realização dos Jogos Olímpicos está entre Rio de Janeiro, Chicago, Tóquio e Madri - as Olimpíadas de 2016 já vem gerando uma acirrada briga entre as emissoras, sobretudo entre a Globo e a Record.
Detentora da transmissão de quase todos os Jogos Olímpicos dos últimos anos, a emissora carioca perdeu os direitos de transmissão das Olimpiadas de 2012 para a rival Record.
Em uma negociação com o COI, a emissora de São Paulo conseguiu garantir, com exclusividade, a transmissão dos jogos de Londres, além de assegurar, também, os Jogos Panamericanos de Guadalajara (em 2011) e os Jogos de Inverno de Vancouver (2010).
Procuradas pela reportagem de M&M Online, tanto a Globo como a Record preferiram não se manifestar sobre o assunto, alegando que o parecer definitivo acerca da negociação dos direitos de transmissão será dado pelo COI.
Já a Bandeirantes confirmou a negociação e garantiu a transmissão dos Jogos de 2016 em sua telinha.
Fonte: Meio&Mensagem


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