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Absolvida pelo júri popular na madrugada do último dia 3, após uma semana de julgamento, a viúva da Mega-Sena, Adriana Almeida, curte os dias de alívio em Arraial do Cabo.
A equipe da TV Record foi até a cidade da região dos Lagos e conseguiu a primeira entrevista com a mulher que viveu sob a pressão de ser acusada como a mandante do assassinato de Renné Senna, morto em 2007, em Rio Bonito, região das baixadas litorâneas. O ex-lavrador ficou conhecido dois anos antes, quando ganhou cerca de R$ 50 milhões na Mega-Sena.
Adriana, que ainda briga na Justiça com a filha de Renné, Renata Senna, pela fortuna que hoje beira os R$ 100 milhões, disse não ter pressa e nem ´gana´ para receber o dinheiro. Contudo, já faz planos para aproveitar a riqueza.
- Quero ser feliz, viajar, aproveitar a vida.
Questionada sobre os lugares que pretende visitar, Adriana citou três cidades emblemáticas e deixou no ar que o roteiro será longo.
- Não sei, Nova York [Estados Unidos], Londres [Inglaterra], Paris [França], sei lá...
Personagem de destaque nas últimas semanas, a viúva da Mega-Sena contou que os anos após a morte de Renné foram complicados. Inocentada, ela disse querer recuperar o tempo perdido.
- Eu sou uma pessoa simples, gosto de levar a minha vida, ir para lá e para cá. Quero aproveitar aquilo que não pude fazer nesses cinco anos. Mas eu não tenho gana de dinheiro.
Amor a Renné
De acordo com Adriana, os anos após a morte de Renné foram de muito sofrimento. Apesar de admitir ter tido um amante, a ex-cabeleireira disse que amava o ex-marido.
- Não me apaixonei à primeira vista, mas fui criando amor com a convivência. Ele era louco por mim, fazia tudo, não tinha como eu não me apaixonar também.
O relacionamento, que começou no fim de 2005 [ano em que Renné ganhou na Mega-Sena, era um antigo sonho do ex-lavrador. Ele tentava se aproximar de Adriana há muitos anos. Contudo, segundo Ângela Senna, irmã de Renné, a ex-cabeleireira não correspondia.
- Ele falava ´vou pegar essa loira´. Falei com ela, mas ela disse que não queria. Falou assim: ´eu não quero pé rapado, cachaceiro e que fede´.
Traição e arrependimento
Assim como fez durante seu interrogatório no julgamento, Adriana Almeida confirmou que traiu Renné porque o ex-marido não conseguia mais fazer sexo com ela.
- Foi uma necessidade. Eu precisava suprir essa falta do que eu não estava tendo, entendeu? Eu não estava tendo um relacionamento ativo com ele. Nós não estávamos tendo sexo porque ele estava tendo uma dificuldade. Ele estava até se tratando. Então, tem uma hora que você surta. Entendeu?
A viúva de Renné se disse arrependida por ter traído a confiança de Renné.
- Eu fiquei com muita vergonha de ter tido essa atitude errada. Mas eu acho que poucas mulheres teriam coragem de fazer o que eu fiz, assumir um erro. Quando a gente assume um erro é uma grande virtude. Errei, ponto final.
Medo da condenação
Apesar de sempre ter negado qualquer participação na morte do ex-companheiro, Adriana admitiu que teve muito medo de ser condenada. Ela disse que tudo não passou de uma armação dos familiares de Renné, que estariam interessados na herança.
- Lógico [que tive medo], porque foram muitas armações para que eu ficasse nessa situação toda. Muita armação da própria família dele [Renné].
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