Lanchas colidem no Lago Paranoá, em Brasília, um homem morreu

Do G1 DF
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A Polícia Civil do Distrito Federal já começou a ouvir as testemunhas envolvidas no acidente entre duas lanchas no Lago Paranoá, que ocorreu na tarde deste domingo (5), e que resultou na morte de uma pessoa, como mostrou reportagem do Bom Dia DF desta segunda-feira (6).
O delegado Wisllei Salomão disse que a polícia trabalha com três linhas de investigação. “Pode se tratar de um acidente que pode acontecer com qualquer pessoa. Tem a possibilidade de ser um homicídio culposo, no qual um deles tenha agido com negligência, ou ainda homicídio doloso, na qual alguns deles podem ter assumido o risco de produzir esse resultado”, explicou o delegado.
Eduardo Haddad, que pilotava uma das lanchas, foi uma das pessoas que prestou depoimento. Na saída da delegacia, ele lamentou a morte de Gustavo Célio de Oliveira Fonseca, de 27 anos. “Perdi uma amigo, uma pessoa maravilhosa”, disse.
Na lancha de Haddad a polícia encontrou latas de cerveja, mas o advogado disse que ele não bebeu. “Eles tinham comprado bebida, mas salvo engano estavam quase todas fechadas”, falou o advogado Márcio Palma.
Exame feito no Instituto Médico Lega (IML) confirmou que Eduardo Haddad não estava sob efeito de álcool na hora do acidente. A polícia também informou que a documentação da lancha estava em dia.
Lanchas ficaram a deriva após acidente no Lago Paranoá, em Brasília (Foto: TV Globo/Reprodução) 
Lanchas ficaram a deriva após acidente no Lago Paranoá, em Brasília (Foto: TV Globo/Reprodução)
Segundo a polícia, estão previstos para a tarde desta segunda (6) novos depoimentos. Um dos que devem ser ouvidos é Julio Torres Ribeiro Neto, de 25 anos, condutor da lancha onde estava Gustavo Célio de Oliveira Fonseca, de 27 anos, que morreu após dar entrada no Hospital de Base com traumatismo craniano. O acidente deixou outras três pessoas feridas, segundo o Corpo de Bombeiros, que também foram encaminhadas para o Hospital de Base.
A polícia informou ainda que  Júlio Neto não fez o teste do bafômetro. A investigação aguarda o resultado da perícia para saber em que velocidade estavam as lanchas. De acordo com a polícia, o objetivo é ver se coincide com o relato das testemunhas. A polícia não descarta uma reconstituição do acidente.
Imagination
Em maio de 2011, o barco Imagination naufragou no Lago Paranoá e deixou nove mortos. No momento do acidente, era realizada uma festa com cerca de cem pessoas organizada por uma empresária dona de um buffet.
A perícia concluiu que houve falha na manutenção e que o naufrágio foi causado pela entrada de água nos flutuantes, estruturas também chamadas de tubulões, que garantem a sustentação do barco.
 

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