Duas operações desencadeadas na manhã desta quinta-feira
(21) prenderam um ex-prefeito, apreenderam documentos e afastaram
integrantes de governos municipais envolvidos em supostos atos de
corrupção nas cidades de Campo Alegre (AL) e em Quixeramobim (CE).
Ao todo, quase R$ 8 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos municipais. As ações contam participação das polícias Civil e Federal e dos MPs (Ministérios Públicos) dos dois Estados. Nove pessoas foram presas.
Ceará
Em Quixeramobim (a 216 km de Fortaleza), o MP do Ceará comandou a
operação "Quixeramobim Limpo", que tem a parceria da Polícia Civil,
cumprindo 20 mandados de busca e apreensão. Não há informações sobre
prisões.
Segundo as investigações, fraudes licitatórias desviaram cerca de R$ 7 milhões. O valor corresponde, por exemplo, a um terço dos repasses feitos em 2012 pelo governo federal do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).
O MP alega que há uma suposta quadrilha infiltrada na gestão municipal. Por conta do envolvimento de integrantes do governo, os juízes Fabrício Vasconcelos Mazza e Fabrícia Ferreira Freitas determinaram o afastamento de sete gestores públicos, entre eles os secretários de Saúde e Educação e o assessor jurídico do gabinete do prefeito.
A reportagem tentou, nesta manhã, falar com algum integrante da prefeitura de Quixeramobim, mas as ligações feitas à sede do Executivo municipal não foram atendidas.
Alagoas
Em Campo Alegre (a 87 km de Maceió), nove pessoas foram presas, após o
Gecoc (Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas), do MP de
Alagoas, oferecer denúncia, na semana passada.
Entre os detidos está o ex-prefeito de Campo Alegre, José Maurício Tenório. Ele e outras dez pessoas são acusadas de crimes como fraude a licitações, apropriação de bens públicos, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Segundo as investigações, os processos licitatórios dos últimos quatro anos tinham diversas irregularidades, como pagamentos de serviços e produtos na ordem de aproximadamente R$ 787 mil .
Com base nas investigações, o Gecoc pediu a prisão preventiva dos acusados, o que foi determinado pela 17ª Vara Criminal da Capital.
Entre as licitações que teriam sido fraudados estão serviços de manutenção de aterro sanitário, telhado do mercado público, limpeza de vias públicas; capinação e dedetização e até da limpeza do cemitério público de um povoado do município.
Fonte: UOL
Matéria operação Cactus
Ao todo, quase R$ 8 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos municipais. As ações contam participação das polícias Civil e Federal e dos MPs (Ministérios Públicos) dos dois Estados. Nove pessoas foram presas.
Ceará
Em Quixeramobim (a 216 km de Fortaleza), o MP do Ceará comandou a
operação "Quixeramobim Limpo", que tem a parceria da Polícia Civil,
cumprindo 20 mandados de busca e apreensão. Não há informações sobre
prisões.Segundo as investigações, fraudes licitatórias desviaram cerca de R$ 7 milhões. O valor corresponde, por exemplo, a um terço dos repasses feitos em 2012 pelo governo federal do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).
O MP alega que há uma suposta quadrilha infiltrada na gestão municipal. Por conta do envolvimento de integrantes do governo, os juízes Fabrício Vasconcelos Mazza e Fabrícia Ferreira Freitas determinaram o afastamento de sete gestores públicos, entre eles os secretários de Saúde e Educação e o assessor jurídico do gabinete do prefeito.
A reportagem tentou, nesta manhã, falar com algum integrante da prefeitura de Quixeramobim, mas as ligações feitas à sede do Executivo municipal não foram atendidas.
Alagoas
Em Campo Alegre (a 87 km de Maceió), nove pessoas foram presas, após o
Gecoc (Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas), do MP de
Alagoas, oferecer denúncia, na semana passada.Entre os detidos está o ex-prefeito de Campo Alegre, José Maurício Tenório. Ele e outras dez pessoas são acusadas de crimes como fraude a licitações, apropriação de bens públicos, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Segundo as investigações, os processos licitatórios dos últimos quatro anos tinham diversas irregularidades, como pagamentos de serviços e produtos na ordem de aproximadamente R$ 787 mil .
Com base nas investigações, o Gecoc pediu a prisão preventiva dos acusados, o que foi determinado pela 17ª Vara Criminal da Capital.
Entre as licitações que teriam sido fraudados estão serviços de manutenção de aterro sanitário, telhado do mercado público, limpeza de vias públicas; capinação e dedetização e até da limpeza do cemitério público de um povoado do município.
Fonte: UOL
Matéria operação Cactus
André Costa
A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da
União (CGU) deflagrou na manhã de hoje (21/03) a Operação Cactus, com o
objetivo de desarticular organização criminosa especializada em desviar
recursos públicos transferidos pela união a diversos municípios
cearenses mediante convênios e contratos de repasses.
A operação denominada Cactus, deflagrada nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (21) pela Polícia Federal do Ceará, em Fortaleza, também cumprirá 62 mandados judiciais de busca e apreensão expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal de Fortaleza em todo o estado.
Por volta das 6 horas, agentes federais apreenderam uma impressora multifuncional e diversos malotes, possivelmente no município de Barbalha, e trouxeram para o prédio da PF em Juazeiro do Norte, situado à Rua Invo. Erivano Cruz, 50, Praça da Matriz.
Além de Barbalha, os policiais realizaram buscas simultaneamente em Aiuaba, Apuiarés, Canindé, Catarina, Fortaleza, Guaraciaba do Norte, Iguatu, Irauçuba, Itapipoca, Itapiúna, Juazeiro do Norte, Morada Nova, Mucambo, Quixeramobim, Reriutaba, Saboeiro, Tarrafas, Tejuçuoca e Ubajara.
Interestadual
A operação também cumpre mandados de busca e apreensão em Natal (RN), Brasília (DF) e Aparecida de Goiânia (GO). No Rio Grande do Norte pelo menos seis agentes realizaram apreensões de documentos e computadores em uma residência localizada na Avenida Afonso Pena, no bairro do Tirol, área nobre da capital potiguar.
Os policiais investigam fraude de licitações que envolvem verba pública ligadas ao Departamento de Obras Contra as Secas (DENOCS) e uma associação criminosa, cuja atuação junto a prefeituras do estado e de outras unidades da federação visava a facilitar a obtenção de recursos federais, na forma de convênios ou contratos de repasse, inclusive mediante emendas parlamentares.
Além disso, o grupo infiltrava-se nos órgãos federais repassadores dos recursos, mediante a obtenção de apoio de servidores públicos e a participação de outros agentes, com o intuito de garantir os repasses para os projetos e prefeituras de interesse do grupo e de evitar que esses projetos passassem por acompanhamento e fiscalização, como forma de garantir a ocultação de irregularidades e fraudes.
O trabalho de investigação também concluiu que havia gerenciamento e montagem dos processos junto a prefeituras do estado do Ceará, além de simulação de licitações, com uso de empresas controladas pelo grupo.
Segundo a Polícia Federal, cerca de 290 policiais e 12 auditores da Controladoria-Geral da União participam da operação. Uma entrevista coletiva está marcada para as 15h na Superintendência de Policia Federal do Ceará, localizada na Rua Dr. Laudelino Coelho, nº 55, bairro de Fátima, Fortaleza.
Com informações da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal do Ceará
A operação denominada Cactus, deflagrada nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (21) pela Polícia Federal do Ceará, em Fortaleza, também cumprirá 62 mandados judiciais de busca e apreensão expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal de Fortaleza em todo o estado.
Por volta das 6 horas, agentes federais apreenderam uma impressora multifuncional e diversos malotes, possivelmente no município de Barbalha, e trouxeram para o prédio da PF em Juazeiro do Norte, situado à Rua Invo. Erivano Cruz, 50, Praça da Matriz.
Além de Barbalha, os policiais realizaram buscas simultaneamente em Aiuaba, Apuiarés, Canindé, Catarina, Fortaleza, Guaraciaba do Norte, Iguatu, Irauçuba, Itapipoca, Itapiúna, Juazeiro do Norte, Morada Nova, Mucambo, Quixeramobim, Reriutaba, Saboeiro, Tarrafas, Tejuçuoca e Ubajara.
Interestadual
A operação também cumpre mandados de busca e apreensão em Natal (RN), Brasília (DF) e Aparecida de Goiânia (GO). No Rio Grande do Norte pelo menos seis agentes realizaram apreensões de documentos e computadores em uma residência localizada na Avenida Afonso Pena, no bairro do Tirol, área nobre da capital potiguar.
“Operação Cactos” da Polícia Federal (Foto: Michel Dantas/Agência Miséria)
Recursos FederaisOs policiais investigam fraude de licitações que envolvem verba pública ligadas ao Departamento de Obras Contra as Secas (DENOCS) e uma associação criminosa, cuja atuação junto a prefeituras do estado e de outras unidades da federação visava a facilitar a obtenção de recursos federais, na forma de convênios ou contratos de repasse, inclusive mediante emendas parlamentares.
Além disso, o grupo infiltrava-se nos órgãos federais repassadores dos recursos, mediante a obtenção de apoio de servidores públicos e a participação de outros agentes, com o intuito de garantir os repasses para os projetos e prefeituras de interesse do grupo e de evitar que esses projetos passassem por acompanhamento e fiscalização, como forma de garantir a ocultação de irregularidades e fraudes.
O trabalho de investigação também concluiu que havia gerenciamento e montagem dos processos junto a prefeituras do estado do Ceará, além de simulação de licitações, com uso de empresas controladas pelo grupo.
Segundo a Polícia Federal, cerca de 290 policiais e 12 auditores da Controladoria-Geral da União participam da operação. Uma entrevista coletiva está marcada para as 15h na Superintendência de Policia Federal do Ceará, localizada na Rua Dr. Laudelino Coelho, nº 55, bairro de Fátima, Fortaleza.
Com informações da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal do Ceará
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