Dólar dispara no governo Bolsonaro

Via correio brasiliense 
Depois de chegar a R$ 4,27, o dólar fechou a R$ 4,23, com alta de 0,59% e novo recorde de cotação da moeda americana. O dólar futuro, com vencimento em dezembro, teve alta de 0,27%, e fechou a R$ 4,24. O Banco Central (BC) chegou a fazer duas intervenções para conter a moeda. Em seminário no auditório do Correio no final da tarde, o presidente do Banco Central, Roberto Campos, deixou claro que a autoridade monetária vai continuar intervindo no mercado de câmbio se for necessário.

“A política monetária se faz com juros, o câmbio é flutuante. As intervenções que temos feito são para atenuar movimentos fora do normal”, disse durante o seminário Correio Debate: Desafios para 2020 — O Brasil que nos aguarda.  Pela manhã, o BC vendeu dólares à vista com taxa de corte de R$ 4,2320 e à tarde, R$ 4,2390. O lote mínimo foi de US$ 1.000.000,00.   

Em trajetória de alta desde a frustração causada pelo leilão do pré-sal no início do mês, o  pico de hoje na cotação da moeda se deu devido à reação do mercado a declarações dadas pelo  ministro da Economia, Paulo Guedes.

Em Washington, o ministro disse que não está preocupado com o dólar acima de R$ 4,20 e que "é bom se acostumar com o câmbio mais alto e juros mais baixos por um bom tempo”. Outra frase de Guedes, que causou instabilidade, foi em referência ao Ato Institucional nº 5, o mais autoritário da ditadura militar. “Não se assustem se alguém pedir o AI-5 em reação a quebradeira na rua”, disse a jornalistas, ainda em Washington.

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