Cariacica: Presidiárias trabalham em serviço de vendas por telefone

Mário Bonella Vitória, ES
 
Na penitenciária feminina de Cariacica, no Espírito Santo, celular não entra, mas lá dentro, as ligações não param. É um call center, atrás das grades. “Eu converso com clientes e pretendo fazer com que comprem nossos produtos", diz uma interna.
Para trabalhar, elas fizeram um treinamento de três meses, com aulas de português, dicção e informática.
A carga horária é de seis horas. Cada três dias de trabalho é um dia a menos de pena. O salário é de R$ 600. Parte vai para a família e o restante elas recebem quando saírem da cadeia.

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O trabalho começou com uma parceria entre o governo e a empresa que comprou os equipamentos e deu o treinamento para as internas. A empresa diz que está muito satisfeita, porque as funcionárias superaram a expectativa. “Aqui nós não temos custo de aluguel, de energia. Não temos troca de funcionário contínua, porque elas têm comprometimento com o trabalho, com o desenvolvimento, para que elas possam diminuir a pena. E outros custos, como vale-transporte também”, afirma Nilton Fontes, responsável pela empresa.
A ideia agora é ampliar o serviço. Novos equipamentos foram comprados e outro espaço, dentro da penitenciária, já está reservado.

Jornal Hoje

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