"Não podemos jogar a Petrobras fora", diz Lula em evento de ... - Jornal do Brasil

Engenheiros, advogados, jornalistas, artistas e políticos, como o ex-presidente Lula, compareceram ao ato da CUT e da FUP em defesa da Petrobras nesta terça-feira (24), na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio de Janeiro. Eles frisavam a necessidade de investigar e punir envolvidos com esquema de corrupção e pagamento de propina, mas também de proteger a empresa brasileira de interesses externos que estariam se aproveitando para enfraquecê-la e realizar mudanças contrárias aos interesses do país. Uma manifestação popular está agendada para o dia 13 de março, na Avenida Paulista, em São Paulo.

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Além do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, e do coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, entidades que convocaram o ato, compareceram figuras como o físico Luiz Pingueli Rosa, diretor da Coppe/UFRJ, João Pedro Stédile, do MST, o jornalista e cineasta Luiz Carlos Barreto, o economista Marcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, e os jornalistas Eric Nepomuceno e Luís Nassif.

"O que está acontecendo no Brasil, neste momento, aconteceu com Juscelino, com Jânio, com Getúlio. Tentaram fazer e acontecer comigo", disse Lula, relembrando que, quando o regime militar assumiu o país em 1964, muitos davam "graças a Deus" pelo fim do "comunismo no país", fazendo menção à tentativa de golpe contra o governo eleito democraticamente.

"Eles continuam fazendo hoje o mesmo que sempre fizeram a vida inteira. A ideia básica é criminalizar antes, pela imprensa. O problema sério é que, se eu conto uma inverdade muitas vezes, ela vira verdade no inconsciente de milhões e milhões de pessoas. (...) No caso da Petrobras, se parte do pressuposto de que o objetivo é punir a Petrobras e criminalizar a política."

Lula também criticou a ataque a uma empresa inteira devido a casos de corrupção. "O que a gente não pode é jogar a Petrobras fora por causa de meia dúzia de pessoas. Nós sabemos o que significou a lei da partilha, a questão dos 30% para a Petrobras, o que significou a construção dessa empresa, ela cresceu demais."

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